*Por Dalila Bié, Analista Tarken
A semana se encerra com um efeito serrote, caracterizado pelo sobe e desce dos preços; Comercialização da safra brasileira 2021/22 do grão já alcançou 97,7% da produção esperada, resultado melhor do que a safra anterior no mesmo período
O mercado da soja iniciou essa semana operando em campos negativos na CBOT. A semana iniciou perdendo por volta de 4 pontos nas primeiras horas da segunda-feira (06). Entretanto essas baixas não perduraram durante o dia, a firme demanda por farelo de soja e a valorização do mesmo no mercado externo pausaram o movimento de queda nos preços da oleaginosa. Além dos preços do farelo, os baixos estoques do grão e o ritmo lento da colheita quando comparado ao ano anterior sustentam a inversão do movimento.
A terça-feira (07) iniciou com movimentos de altas levando o maio a US$ 15,18 e o julho a US$ 15,10 por bushel. O mercado ainda acompanha as condições climáticas da América do Sul e o atraso na colheita brasileira, o que impulsiona os preços diante de uma perspectiva ainda melhor pela soja Americana. A soja também encontrou suporte durante essa terça-feira no óleo, com o derivado apresentando alta de mais de 1%. Entretanto esse movimento não se manteve durante o dia e o mercado da soja na CBOT voltou a recuar, com queda também nos futuros do farelo de mais de 1,5%, provavelmente pelas previsões de chuvas na Argentina a partir do dia 12 de fevereiro.
A quarta-feira (08) iniciou a manhã trabalhando em campos positivos, aguardando os novos números que seriam divulgados pelo USDA, finalizando a data em uma sessão estável.
Já a quinta-feira (09) iniciou subindo na CBOT após o relatório do USDA apontando de 5,25 a 10,50 pontos, com as altas mais fortes nos contratos mais próximos. Assim, contratos de março voltavam aos US$ 15,30 e o maio aos US$ 15,22 por bushel. Entretanto, a volatilidade apresentada durante a semana permaneceu e os futuros da oleaginosa voltaram a recuar no início da tarde da quinta-feira na Bolsa de Chicago.
Já a manhã dessa sexta-feira (10) iniciou operando com estabilidade após uma semana volátil. Os futuros operaram em campos mistos, com tímidas oscilações, maio subindo 1,50 para US$ 15,13, enquanto o julho tinha US$ 15,02, caindo 0,25 ponto. A semana se encerra com um efeito serrote, caracterizado pelo sobe e desce dos preços.
COMERCIALIZAÇÃO DA SOJA
A comercialização brasileira da safra 2021/22 de soja já alcançou 97,7% da produção esperada, estando levemente acima do resultado apresentado nessa data para a safra 2020/21, que estava em 97,2%. De acordo com o DATAGRO Grãos, aproximadamente 26,6% da produção estimada de soja para a safra 2022/23 está comprometida comercialmente, isso mostra um avanço de 2,0 p.p. na comparação com o levantamento anterior. Essas vendas chegam a aproximadamente 42,0% no Mato Grosso, 41,0% na Bahia e Tocantins e 40,1% no Piauí.
Durante a quarta-feira dessa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe os números das vendas semanais para exportação, que se mostraram dentro das expectativas do mercado. As vendas da semana finalizada em 2 de fevereiro foram de 459,4 mil toneladas da safra 2022/23. Sendo que, o maior responsável por esse volume foi a China. A estimativa do departamento para as vendas de 22/23 é 54,16 milhões de toneladas.
COTAÇÕES TARKEN
Querência -–MT R$155,67
Mineiros – GO R$160,84
Balsas – MA R$140,79
São Desidério – BA R$152,22
Fonte: Mayra Dalla Nora