Na pecuária de cria existem dois fatores que estão diretamente conectados e são fundamentais para otimizar a operação e alcançar os objetivos: a nutrição e a reprodução do rebanho. De acordo com a equipe técnica da Nutricorp, matrizes em estado nutricional adequado apresentam melhor eficiência reprodutiva, fazendo com que elas se tornem prenhes mais rápido e gerem bezerros de melhor qualidade, resultando em maior eficiência produtiva no sistema.
“A eficiência produtiva do rebanho de cria é a capacidade de produção de quilos de bezerros desmamados por vaca apta à reprodução. O primeiro passo é tornar a matriz prenhe, ou seja, otimizar a eficiência reprodutiva do rebanho. Além da confirmação da prenhez das matrizes, é importante o momento em que a ela se tornou prenhe durante a estação reprodutiva ou estação de monta (EM)”, comenta a equipe.
O segundo passo, é otimizar a qualidade do bezerro que será desmamado, ou seja, desmamar um animal mais pesado. Dessa forma, diversos fatores podem impactar o peso de desmama, tais como: genética, sanidade (morbidade e mortalidade), lactação e a nutrição para vaca-bezerro (gestação).
Nesse sentido, dentro da pecuária de cria a adequação dos manejos com as estações do ano trazem benefícios para operação como um todo, de forma que as matrizes fiquem prenhes e passem o terço inicial e médio de gestação nos períodos com melhor oferta e qualidade de forragem (período das águas), para parirem no período da seca.
“No centro oeste brasileiro, por exemplo, o clima é caracterizado por períodos chuvosos (novembro – abril) e períodos de seca (maio – outubro) bem definidos, o que pode impactar na oferta, quantidade e qualidade de forragem”.
Os benefícios de as matrizes emprenharem no início da estação de monta
As matrizes que se tornam prenhes no início da EM, ou seja, também das chuvas (novembro/dezembro), passarão maior tempo de sua gestação com oferta de forragem em quantidade e qualidade. Em nível de desenvolvimento fetal, o terço inicial é responsável principalmente pela organogênese (formação dos órgãos) e o terço médio pela miogênese (formação das fibras musculares).
Com o início da gestação na EM, os bezerros nascem no período mais seco do ano (maio a outubro) e não enfrentam problemas como lama e umidade, o que reduz os riscos de infecções e doenças, uma vez que o animal no início de sua vida ainda não possui o sistema imune maduro e consequentemente baixa imunidade.
“Como consequência, o planejamento do momento do nascimento com o menor risco sanitário aos recém-nascidos reflete em animais mais saudáveis durante a fase inicial da vida produtiva, evitando um retardo do desempenho (morbidade) e resultando em melhores índices zootécnicos ao desmame (ganho de peso diário e peso vivo)”, ressalta a equipe.
Fonte: Carolina Sibila