CNMA trará líderes do setor para discutir como o produtor rural pode agregar valor ao seu negócio de forma sustentável
Como tornar o negócio mais competitivo? A revolução digital ajuda na agregação de valor? Que práticas de gestão contribuem para a geração de valor para o meios ambiental, social e econômico? Essas são algumas das questões que serão discutidas durante a mesa-redonda “Agregação de Valor”, que será realizada no terceiro dia do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio – CNMA.
A moderação do painel será feita pelo professor Sênior Global de Agribusiness do INSPER, Marcos Jank e contará com a participação da líder de lançamento da plataforma Intacta2 Xtend da Bayer, Natália Carvalho; da diretora de Assuntos Governamentais da AGCO do Brasil, Ana Helena de Andrade; do diretor do Datalab da Serasa Experian, Marcelo Pimenta; da WEConnect International Market Lead, Priscila Mazochi; do CEO da UPL, Rogério Castro, do CEO da Biotrop, Antonio Carlos Zem e do vice-presidente para América Latina da New Holland, Rafael Miotto.
Natália Carvalho, da Bayer, entende que agricultores enfrentam diariamente desafios para assegurar a produção de alimentos e por isso é importante que eles tenham à disposição soluções inovadoras que possam ajudá-los a serem mais eficientes e sustentáveis nesta produção, como ferramentas que auxiliem a tomada de decisão durante a safra ou biotecnologias que alavanquem seu potencial produtivo.
“Sabemos que o produtor brasileiro é pioneiro em adotar soluções inovadoras e investe cada vez mais em tecnologia, e a Bayer está sempre ao seu lado para entregar novas ferramentas: somos a empresa do setor que mais destina recursos para P&D e novos negócios e isso nos permite gerar valor ao agricultor e à cadeia como um todo, ano após ano”, salienta a líder.
“O Brasil tem a agricultura mais competente do mundo e, atualmente, tem também a oportunidade de ampliar significativamente a produção agrícola brasileira pelo uso de tecnologias habilitadas pela conectividade”, destaca Ana Helena, da AGCO. Ela complementa comentando que o uso de dados, a gestão remota de pragas e doenças, gestão coordenada de pulverização e até mesmo detecção de incêndios permitem maior eficiência no campo e contribuem para uma agricultura sustentável. “A sustentabilidade e a eficiência no campo estão diretamente ligadas ao uso de tecnologia”, acrescenta.
Ana Helena detalha ainda que, no entanto, a falta de conectividade no campo também é um grande desafio, já que hoje mais de 70% das propriedades rurais no Brasil não têm acesso à internet, o que impede a adoção completa de agricultura de precisão. “Para promover a revolução digital e levar conectividade acessível aos produtores de todo país, a AGCO (por meio da Massey Ferguson, Valtra e Fendt), Bayer, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble, formam e apoiam o ConectarAGRO. A associação já levou conectividade para 6 milhões de hectares e para mais 25 mil quilômetros de rodovias. O desafio ainda é muito grande, mas a oportunidade é ainda maior porque podemos ampliar significativamente a produção agrícola brasileira somente pelo uso de tecnologias habilitadas pela conectividade”, completa a diretora de Assuntos Governamentais da AGCO do Brasil.
Além da conectividade, Rogério Castro, CEO da UPL, destaca como um dos grandes desafios no Brasil a burocracia, sobretudo na regulamentação de alguns setores. “Por exemplo, no nosso setor não há muita flexibilidade para avançarmos com uma regulamentação mais apropriada para produtos de biosoluções. Outro desafio seria a questão tributária, não há benefícios de agregação de valor, ao contrário, há cada vez mais carga tributária. E por último, o custo de criar uma rastreabilidade como forma de agregar valor aos produtos, sobretudo de origem agrícola”.
Ele comenta ainda que seria possível multiplicar o valor intrínseco da produção por duas ou três vezes se todas as possibilidades citadas acima fossem colocadas a todos os produtores. “Mais valor, mais negócios, mais empregos, alimentos mais seguros, respeito ao meio ambiente e competitividade internacional, todos ganhariam”, confirma o CEO.
Sobre a discussão no CNMA, Castro acredita que o evento reúne os formadores de opinião do setor e todos pensando juntos neste assunto e imbuídos na missão de tornar o ambiente do agronegócio mais rentável e competitivo internacionalmente, bem como mais amigo do meio ambiente, resultará em projetos e ideias disruptivas, que podem alavancar mais rapidamente a geração deste valor para o agronegócio.
Fonte: Attuale Comunicação