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Alternativa eficaz ao uso de melhoradores de desempenho em rações

Os consumidores pressionam, cada vez mais, para a retirada total de melhoradores de desempenho das rações dos animais, visando a redução do possível surgimento de resistência bacteriana aos antibióticos de uso na saúde humana.

De acordo com Priscilla Lamas Brandão Calvi , Nutricionista de Aves Poedeiras da ADM, mercados europeus, americanos e alguns africanos já estão em sintonia com esse contexto e baniram o uso dessas moléculas na alimentação animal. “Sendo assim, produtores de alimentos têm buscado alternativas para suas criações, de maneira que atendam às exigências, ao mesmo tempo em que não percam em produtividade e rentabilidade, e permaneçam competitivos nos mercados interno e externo”, explica.

A Nutricionista de Aves Poedeiras da ADM acrescenta que muitos estudos têm sido empregados no desenvolvimento de alternativas seguras e eficientes que possam modular a microbiota intestinal, melhorar a imunidade e aumentar a disponibilidade de nutrientes para os animais. “Vários aditivos surgiram na nutrição de aves, tais como probióticos, prebióticos, simbióticos, enzimas digestivas, extratos vegetais e argilas”, acrescenta.

Sulfato de Cobre – Priscilla pontua que o sulfato de cobre já é bem conhecido por seu efeito de controle das populações bacterianas patogênicas e, portanto, comumente utilizado para otimizar o desempenho dos animais. “No entanto, considerando que podem ser formados complexos com outras moléculas no trato gastrintestinal e tornar parte do cobre indisponível, as altas doses necessárias para essa efetividade têm sido discutidas. Com os excessos excretados no ambiente, a preocupação com a poluição dos solos tem sido um ponto relevante”, observa.

Como uma solução inovadora e patenteada, uma zeolita específica selecionada e associada ao cobre proveniente do sulfato de cobre, forma, de acordo com a Nutricionista, um composto químico denominado zeolita de cobre. “Esse composto contém pequena quantidade de cobre em sua composição, o qual está localizado principalmente na superfície da zeolita, facilitando sua atuação quando em contato com patógenos”, especifica.

“A zeolita de cobre é bastante estável e não há liberação de íons fora de condições fisiológicas. Ela atua atraindo as membranas polares das bactérias por meio de diferença de carga. Dessa forma, é capaz de controlar a flora patogênica, tanto Gram+ como Gram-, ao passo que favorece a flora comensal. Com isso, é possível assegurar a microflora intestinal balanceada. Consequentemente, as aves terão maior absorção de nutrientes e melhoria no desempenho. Ainda, a pressão ambiental também é atendida pela redução de excreção de cobre. Além disso, aves com intestino saudável tem melhor qualidade de excretas e tendem a diminuir a quantidade de ovos sujos, visto que os nutrientes são mais eficientemente absorvidos”, finaliza Priscilla.

Fonte: Rodrigo Capella 

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