A palavra sucesso resume o resultado do evento online realizado pela Polinutri para suinocultores
Um evento com único objetivo: atualizar clientes sobre o mercado e apontar ingredientes alternativos para a nutrição de suínos a fim de contornar os elevados custos das formulações das dietas
São Paulo (SP), julho de 2021 – A Unidade de Negócios Suinocultura realizou a palestra virtual com a participação especial do ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF), Francisco Turra explanando sobre mercado e o Prof. Horacio Rostagno, uma autoridade na área de nutrição animal, para tratar sobre ingredientes alternativos para redução dos custos das formulações.
O tema abordado foi “Ingredientes alternativos para suínos: redução de custos com segurança”. De acordo com o Gerente da Unidade de Negócios Suinocultura da Polinutri, Felipe Ceolin, o conteúdo apresentado foi de alto nível com dois profissionais que dispensam apresentações. “O evento foi extremante rico em conteúdo e interação entre participantes e palestrantes, foram mais de 60 profissionais prestigiando esta ação. As apresentações se completaram e nós, como empresa provedora de soluções nutricionais para suinocultura, temos que apoiar nossos clientes com informações relevantes e alternativas nutricionais para que seus negócios (granjas) possam alcançar equilíbrio zootécnico e econômico”, informa.
Francisco Turra foi o primeiro palestrante e trouxe dados de mercado, dada sua trajetória como ministro do MAPA e ex-presidente executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA, São Paulo/SP). “Em meio a pandemia crescemos, não tivemos casos de abates sanitários como ocorreram em outros países. Somos o quarto colocado no ranking mundial de exportações de carne suína. Quando olhamos para o semestre tivemos aumento de 17,4% em volume e 25,4% a receita em dólar, sendo a China o principal parceiro comercial com 54% de participação no semestre. Nossa previsão para o fim de 2021 é um crescimento na produção em toneladas de 2,5%, 7% nas exportações e 4% no mercado interno”, apontou.
Todavia, para ele, o desafio está no custo de produção. Para esta situação, aponta o ex-ministro, ações estão sendo encampadas com a finalidade de reduzir dependência. “Trabalhávamos com disponibilidade de estoque de 5,466 milhões de milho, na melhor das hipóteses, mas os fatores climáticos foram prejudiciais. Vemos movimentos de possibilidade de recompra, importações e mercado futuro”, discorreu Turra e afirmou que os cereais de inverno podem ser uma alternativa, tais como trigo, triticale e cevada. “Estamos mobilizando e levantando essa bandeira junto as Embrapas, cooperativas e entidades setoriais como potenciais produtos para equivalência”.
Segundo a Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC), a equivalência do trigo é 100% para suínos e aves, triticale é de 100% para suínos e 88% para aves.
E na carona das considerações do ex-ministro, o prof. Horacio Rostagno deu abertura à sua apresentação sobre o “Uso de ingredientes alternativos nas rações de suínos”, um trabalho realizado em conjunto do Dr. Andre Viana do Departamento Técnico da Polinutri, destacando: sorgo, milheto, trigo e triticale.
Na apresentação o professor apresentou informações nutricionais, composição dos alimentos alternativos, tamanho da partícula, experimentos e recomendações de inclusão nas rações. “Em caso de problemas relacionados às questões climáticas, exportações ou preços, devemos pensar nos alimentos alternativos”, pontuou, mas deixou claro que é necessário levar em consideração informações para utilizar os ingredientes, tais como: características dos alimentos – composição, digestibilidade, energia, aminoácidos –, limitações de uso em cada fase de criação – fatores antinutricionais e níveis de inclusão – , necessidade de simulações utilizando programação linear e, por fim, repostas esperadas dos animais, como exemplo as Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos Composição de Alimentos e Exigências Nutricionais.
“Na sequência tivemos o consultor Ideraldo Lima da IL Lima Consultoria em Nutrição abordando o uso de DDGs, uma realidade americana, mas que começa a chegar com mais força no Brasil devido ao movimento de usinas de milho no país. Podemos até considerar como uma quarta alternativa em um futuro não muito distante”, discorre Felipe.
E para fechar a Dra. Natália Sitanaka, Gerente Técnica de Suínos Polinutri e nutricionista responsável para a região Sul, começou a apresentação com a pergunta: “É possível uma formulação sem milho?”. “Nós do departamento técnico estamos à disposição para apoiar nossos clientes com vistas para as oportunidades”, salientou.
“O evento contou também com uma sessão de perguntas e respostas coordenado pelo Dr. Andre Viana. Foi um sucesso”, encerra Felipe.
Fonte: Giracom