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Zero Trust: qual a sua importância para a segurança de dados nas empresas?

*Por Diogo Fernandes

Toda empresa, seja qual for seu porte ou segmento, está constantemente sujeita à ataques cibernéticos. E, mesmo com diversas ferramentas sendo desenvolvidas conforme o avanço da digitalização, o mesmo movimento é aproveitado pelos hackers, se utilizando de tais recursos para criar cada vez mais métodos de invasão. Garantir a segurança dos dados corporativos é uma das missões mais difíceis enfrentadas atualmente neste cenário, mas que consegue ser atingida através de modelos de segurança da informação, como o Zero Trust.

Em comparação com muitas outras opções de segurança mais tradicionais, que costumavam confiar em uma rede interna protegida por firewalls e outros controles para sua operação, o Zero Trust se diferencia por ser um modelo de segurança cibernética que parte do princípio de que não se deve confiar em nenhuma solicitação, usuário, dispositivo ou serviço, mesmo que esteja dentro da rede corporativa.

Ele parte do princípio da “confiança zero” internamente, restringindo o acesso de cada profissional ou dispositivo utilizado na empresa (de celulares à computadores, impressionas e roteadores) para, apenas, sua real necessidade e do que precisarem para desempenharem suas funções. Dessa forma, qualquer acesso complementar que não seja importante para seu serviço é bloqueado, gerando uma verdadeira limitação em todos.

Apesar de já ser falado há algum tempo no mercado, são poucas as empresas que, hoje, fazem uso desse mecanismo em sua sede – alegando, principalmente, o enorme trabalho em implementá-lo. Afinal, os especialistas nessa ferramenta precisam conversar, individualmente, com cada membro da companhia, compreendendo quais são todas as suas atribuições e o que precisam acessar para entregar seus serviços. Em negócios com um grupo enorme de funcionários, o tempo necessário para capturar essas informações e analisá-las, certamente, será longo, o que costuma gerar certo desânimo em iniciar este processo.

Fora isso, a implementação do modelo Zero Trust requer uma série de medidas e práticas de segurança cibernética para garantir que todas as solicitações de acesso sejam cuidadosamente verificadas e autorizadas, independentemente da origem – o que requer uma mudança da mentalidade corporativa profunda acerca deste tema e sua importância para que consiga evitar movimentos laterais de ataque com rapidez. Mas, muitas empresas não têm definições claras sobre inteligência artificial, principalmente, as de pequeno porte ou em rápido crescimento, o que também se configura como uma forte barreira enfrentada.0

A segurança cibernética não é uma opção, mas uma necessidade. Ignorar os riscos de segurança pode levar a consequências devastadoras para a empresa, incluindo violações de dados, danos à reputação, perda de clientes e parceiros comerciais, além de, potencialmente, enfrentar penalidades legais e regulatórias. E, dentre os mecanismos acessíveis no mercado, é com o Zero Trust que os empreendimentos terão em mãos um sistema extremamente confiável, moderno e completo para barrar esses crimes e garantir a proteção de seus dados.

Para isso, é imprescindível que haja, logo de início, essa mudança na mentalidade corporativa, pois não basta ter uma equipe de segurança empenhada e capacitada para esta tarefa, sem que os usuários da empresa não se atentem aos perigos cibernéticos pelos sites que navegam. Em conjunto, é extremamente importante que haja um investimento na contratação de profissionais ou empresas terceirizadas e especializadas em segurança, que contribuam para uma análise profunda e real do cenário na companhia e o que deve ser feito para garantir a proteção de suas informações.

Muitas ferramentas direcionadas a esse objetivo surgem a todo o momento, mas temos que avaliar o que, realmente, é seguro e reduzirá, significativamente, as chances de a marca ser alvo destes criminosos, assim como pode ser conquistado com o Zero Trust. Por isso, entender o que é necessário para garantir o investimento em segurança, aumentar o nível de conscientização internamente, e criar uma política de segurança bem elaborada pautada, evitando que a companhia sofra estes riscos, fará toda a diferença para a assertividade em sua adoção. No final, todo cuidado é pouco.

Diogo Fernandes é DPO e responsável pela infraestrutura do Grupo Skill.

Fonte: Cinthia Guimarães

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