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Workshop sobre plantas medicinais e agricultura familiar recebeu participantes de 40 munícipios para debater políticas públicas

O VIII Workshop “Políticas Públicas de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos: Regulamentações para Agricultura Familiar”, coordenado pela Apta Regional, vinculada à Diretoria de Pesquisas dos Agronegócios (Apta), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, recebeu 240 participantes de 40 municípios do Estado, nos dias 21 e 22 de agosto. O oitavo Workshop, evento iniciado em 2006, reafirmou seu papel como espaço de diálogo e construção coletiva entre agricultores, familiares, pesquisadores, gestores públicos e representantes da sociedade civil.

A programação científica, organizada pela Apta Regional de Pindamonhangaba, contou com palestras, mesas-redondas e exposições, mostrou a importância de construir políticas públicas de forma coletiva, em diálogo com a sociedade, fortalecendo as mesas de discussão com base no conhecimento científico e nos saberes tradicionais, que democratizam o acesso à informação sobre saúde, agricultura mercado e fitoterápicos. Outro destaque foi a celebração do Dia Municipal das Plantas Medicinais de Pindamonhangaba (Lei nº 4.809/2008), em homenagem à ancestralidade e ao saber tradicional.

“Estamos construindo pontes entre o conhecimento técnico e o saber popular, fortalecendo a agricultura familiar e promovendo a saúde coletiva. Este workshop é um espaço de escuta, troca e articulação para políticas públicas mais inclusivas e eficazes”, afirmou a coordenadora científica do evento, Sandra Maria Pereira da Silva, pesquisadora da Apta Regional de Pindamonhangaba.

Sandra destaca que houve relevante aderência e permanência dos participantes até a última atividade, com ampla discussão técnica e científica do assunto. As palestras com os profissionais externos contribuíram muito com a proposta do projeto. “Tivemos interesse de vários municípios para que a equipe do projeto leve treinamentos técnicos e auxilie na implantação de políticas públicas nos seus municípios, como São Bento de Sapucaí, Paraibuna, São Roque, Cunha, além de organizações interessadas em participar ativamente do projeto, viabilizando a implementação de ações como agentes do Hospital São Paulo do SUS e servidores do Hospital Regional de Taubaté”, acrescenta.

Além das discussões técnicas, o evento contou com feiras de produtos orgânicos, exposições de plantas medicinais e apresentações de pesquisas que evidenciam o papel da fitoterapia na atenção primária à saúde. A iniciativa foi realizada pela Apta Regional de Pindamonhangaba, em parceria com a Diretoria de Assistência Técnica Integral (Cati), Superintendência Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no Estado de São Paulo (MDAAF-SP), Associação Nova Essência e Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp – Proc. 2023/10183-7), Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag) e Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag).

Segundo o Superintendente Federal do MDAAF-SP, Élvio Aparecido Motta, já existem atualmente cerca de 95 plantas cadastradas no Ministério da Saúde, que engloba a política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. Com o acordo de cooperação técnica entre o MDA, Apta Regional e Fapesp será possível fortalecer o potencial de produção das plantas medicinais na agricultura familiar. “Reforço o compromisso do MDA em fortalecer a agricultura familiar, integrar saberes e abrir caminhos para políticas públicas que valorizam as plantas medicinais em todo o Brasil. “Agora, o trabalho maior é articular cada vez mais, junto a sociedade civil e aos gestores públicos, a utilização [de fato] dessas plantas, na assistência básica da saúde, fortalecendo o SUS”, destaca.

Fonte: Lisley de Cassia Silverio Villar

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