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Volumoso garante suplementação na dieta de ruminantes e evita queda de produtividade durante a estiagem

Durante o período de estiagem, que no Brasil costuma ocorrer entre maio e junho e terminar entre setembro e outubro, a escolha do volumoso como suplementação na dieta de ruminantes é uma opção para que o produtor possa equacionar viabilidade econômica, custo estimado e lucro obtido. A escassez de chuvas reduz a qualidade nutricional das pastagens, o que impacta no desenvolvimento do rebanho, podendo causar perda de peso, redução da fertilidade e aumento da suscetibilidade a doenças.

Neste contexto, é importante garantir uma boa cobertura de forragem no solo para que os animais tenham acesso ao alimento durante o período das chuvas. “Sua conservação garante as qualidades nutritivas necessárias para serem fornecidas no cocho como volumoso suplementar na época de seca”, afirma o zootecnista e diretor técnico industrial da Connan, Bruno Marson. “Dentre as principais formas de conservação de forragem temos os fenos, silagens e pré-secados. A diferença está no teor de umidade.”

Marson explica que o feno é um alimento mais seco, obtido pela desidratação da forragem, garantindo maior durabilidade e facilidade de armazenamento. O material é estocado em fardos compactados, o que facilita o manuseio e reduz espaço. Para garantir qualidade por mais tempo, deve ser protegido da umidade, sendo a escolha da forragem essencial para atender às exigências nutricionais.

“O ponto de corte influencia diretamente na produtividade e valor nutritivo. A forragem precisa ser enfardada com menos de 20% de umidade para evitar a proliferação de microrganismos”, explica o zootecnista, acrescentando que a produção pode variar entre 2 a 4 t/ha de matéria seca por corte, com teor de proteína bruta de 6% a 20%.

Já a silagem é um volumoso úmido armazenado em ambiente anaeróbico (sem entrada de oxigênio) que passa por um processo de fermentação para preservar seus nutrientes, sendo uma opção mais palatável e energética para os animais. “Durante a fermentação, açúcares se transformam em ácidos graxos, principalmente os ácidos lático e acético, reduzindo o pH e garantindo conservação por longo período. A umidade ideal fica entre 65% e 70%, e a compactação adequada evita a entrada de oxigênio. Dependendo da forragem escolhida, como milho, sorgo ou capim, a produtividade pode alcançar até 40 t/ha de matéria seca, com proteína bruta de 6% a 12%”, destaca o especialista.

Marson ainda indica o pré-secado como opção “intermediária”. “A forragem perde parte da umidade antes do armazenamento, atingindo cerca de 45% de matéria seca. Após a secagem no campo, o material é enfardado e plastificado para evitar contato com água e oxigênio, garantindo sua conservação.”

Produção com maior desempenho e rentabilidade

Para garantir a melhor escolha para o produtor entre feno e silagem, o diretor técnico industrial da Connan incentiva a comparação de alternativas agrícolas que equilibrem a disponibilidade de forragem na propriedade. “Fatores como viabilidade agronômica, custo estimado e projeção de lucro no sistema com diferentes volumosos devem ser analisados.”

Os volumosos suplementares podem ser utilizados em todas as fases da produção de ruminantes. Marson diz que sua principal aplicação ocorre no período de estiagem, quando a oferta e a qualidade do pasto são comprometidas, tornando essencial a complementação da dieta dos animais com esse tipo de alimentação.

Usando como exemplo o manejo nutricional na pecuária, o zootecnista descreve que a suplementação com volumosos em vacas contribui para a manutenção das condições corporais ideais, favorecendo o desempenho produtivo e reprodutivo. “Já para os bezerros, o fornecimento desses alimentos durante a seca potencializa o crescimento na fase de recria, permitindo que alcancem rapidamente o peso adequado tanto para a terminação quanto para a reprodução”, explica.

Além dos benefícios diretos à nutrição e ao desenvolvimento dos animais, a estratégia de suplementação também reduz a taxa de lotação nas áreas de pastagem, liberando espaço para que outras categorias do rebanho tenham acesso ao capim disponível, sem comprometer a qualidade da pastagem neste período crítico. “Esse manejo, portanto, contribui para o equilíbrio da propriedade e garante maior eficiência na produção”, finaliza Marson.

Fonte: Ana Flávia Gimenes – Attuale Comunicação

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