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Vigilância reforçada em biosseguridade auxilia bloqueio da entrada da Influenza Aviária

Gerente técnico da unidade de negócios de Avicultura da MSD Saúde Animal traz orientações para o produtor brasileiro

Apesar de ser um país livre da gripe aviária, o Brasil vive o alerta da doença pela situação vivida por países vizinhos e, por isso, especialistas reforçam a necessidade de intensificar as medidas de biosseguridade para garantir que a influenza permaneça fora do território brasileiro. André Volpe, gerente técnico da unidade de negócios de Avicultura da MSD Saúde Animal, destaca abaixo ações essenciais para a manutenção sanitária das granjas.

  • Medidas de higiene e restrição de entrada

A influenza aviária é uma doença infecciosa e altamente transmissível, sendo responsável por surtos em diversos países. Para evitar que haja contaminação, as granjas precisam redobrar a atenção às medidas de higiene e restringir a entrada de pessoas, além de ter um controle efetivo dos animais no local, para que não haja transmissão entre diferentes espécies por meio do contato com outras aves.

É imprescindível interromper a cadeia de transmissão, que envolve, segundo o estudo Epidemiologia da Influenza Aviária, da Profa. Dra. Masaio Mizuno Ishizuka, da FMVZ/USP: transmissão aerógena (pelo ar) entre aves silvestres; transmissão aerógena entre aves alojadas em galpões fechados; água contaminada com secreções e excreções (fezes) de aves infectadas; funcionários ou visitantes que saem dos plantéis com o vírus da influenza em calçados e roupa; veículos compartilhados entre granjas e caminhões de transporte de aves.

Inclusive, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) orientam que se lave e desinfete pneus, chassis e esteiras de todos os veículos, bem como evite emprestar ou pedir emprestado equipamentos. Também indicam que, se tiver contato com outras aves, higienize o veículo e equipamentos antes de voltar a sua propriedade. Nas granjas, a orientação é de que se use sempre calçados e roupas limpas ao entrar e os desinfete com frequência durante o trabalho. Ao manipular as aves e seus produtos, é necessário usar equipamento de proteção, como máscaras e luvas, e lavar as mãos com água e sabão após o contato.

  • Boas práticas de produção

Uma granja saudável está diretamente ligada às boas práticas de produção, com uma manutenção rigorosa do protocolo vacinal, adequação do ambiente para favorecer o livre expressar do animal e garantir condições seguras e essenciais para o sistema produtivo, aplicação do manejo de baixo estresse e de medidas que priorizem o bem-estar animal e uso da inteligência de dados para diagnosticar e tratar com rapidez doenças que possam acometer os animais. Diagnósticos rápidos permitem ações igualmente rápidas e assertivas, evitando o agravamento da situação.

A vigilância ativa é o que permitirá que o Brasil se mantenha livre da influenza aviária. “Medidas preventivas para evitar a entrada do agente patogênico devem ser o foco do produtor brasileiro. As indústrias, por sua vez, auxiliam com o trabalho consultor a campo e o investimento constante em novas tecnologias e serviços que apoiem a cadeia a se manter produtiva e com portas abertas ao mercado interno e externo”, completa André.

Fonte: Thaís Campos (Ketchum)

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