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VI Prosa Sementeira debate a produção de semente dos pulses

Objetivo do evento on-line é mostrar os avanços das pesquisas e  subsidiar os produtores com informações técnicas sobre sementes

As leguminosas de grãos secos – também conhecidas como “pulses” – são cada vez mais reconhecidas como base de uma dieta sustentável e de alto valor nutricional.  Os pulses incluem diversas espécies vegetais como o grão-de-bico, lentilhas, ervilhas e todos os tipos de feijão.

Para debater a produção de sementes e a cadeia produtiva dessas culturas, a VI Prosa Sementeira convidou  três especialistas para participar da live “Produção de Sementes de Pulses”, que será apresentada pela professora Maria Laene Moreira de Carvalho, segunda vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES), no próximo dia 8, às 19h30, no canal da ABRATES no youtube.

Apesar de ser um dos maiores produtores mundiais de feijões,  o Brasil não é autossuficiente na produção de pulses, havendo necessidade de importação de grão-de-bico, lentilhas e ervilhas. A pouca tradição de cultivo de pulses por parte dos agricultores brasileiros, pode ocorrer, principalmente pela falta de estímulo à produção nacional.

“No Brasil, a grande maioria das leguminosas é produzida por pequenos produtores, com baixa tecnologia  e sem a utilização de sementes certificadas”, afirma Laene.
Segundo ela, o debate vai destacar a importância dos pulses para o agronegócio e as principais pesquisas em andamento pelas instituições,  com o objetivo de apoiar os produtores rurais e toda cadeia produtiva.

INTA – Entre os convidados, o argentino Gabriel María Prieto,
pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) da Argentina, vai abordar os desafios que aquele país tem em relação às sementes de leguminosas, sua produção, comercialização e a relação com os mercados.

De acordo com ele, a  Argentina tem um mercado crescente de leguminosas, embora mais desenvolvido em feijão e amendoim do que em ervilha, lentilha e grão de bico. “O consumo interno de leguminosas na Argentina sempre foi muito baixo, mas o crescimento ocorrerá à medida que for incorporado como ingrediente na indústria alimentícia”, afirma Pietro.

UFV – A professora Denise Cunha Dias,  do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), vai destacar as principais pesquisas em andamento na instituição. “As pesquisas são relativamente recentes e nosso objetivo é tentar subsidiar os produtores com informações técnicas”, explica a professora.

Neste contexto, segundo ela, a disponibilidade de sementes de alta qualidade no mercado é fundamental, havendo demanda por informações sobre produção de sementes. “Um dos fatores que influencia a qualidade das sementes está relacionado ao seu processo de desenvolvimento e maturação e ao seu estádio de maturação por ocasião da colheita”, explica Denise.

De acordo com a professora, entre as novas espécies de pulses pesquisadas a que tem maior demanda é o  grão-de-bico,  o carro-chefe dos pulses, com mais  possibilidades de mercado e condições que permitem ao agricultor  produzir para o mercado nacional e exportar para mercados mais rentáveis.

EMBRAPA  O terceiro convidado da Prosa Sementeira, o chefe geral da Embrapa Hortaliças, o pesquisador Warley Marcos do Nascimento,  vai apresentar um panorama mostrando a importância das pulses e as possibilidades de  comercialização do  grão-de-bico, lentilha e ervilha no futuro.
O Brasil importa anualmente cerca de 8 mil toneladas e apresenta uma pequena área comercial da cultura, mas a expectativa é que em breve não dependa mais de importação.
Para isso, a Embrapa Hortaliças trabalha  em várias frentes: primeiro desenvolvendo cultivares adaptados ao Brasil para fomentar a cadeia produtiva e reduzir a importação. “Uma outra frente é o trabalho realizado com a rede de parceiros envolvendo tecnologias para produção. E, ainda num terceiro momento, a Embrapa está organizando, de uma maneira mais adequada, a produção de sementes”,  afirma Nascimento, referindo-se à proteção e registro de cultivares no Ministério da Agricultura.
O objetivo, segundo o pesquisador, é disponibilizar opções de  cultivares aos produtores da cadeia produtiva, apresentando novas alternativas de cultivo, de rotação e diversificação de culturas.

Fonte:  Imprensa Abrates

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