Se tem alguém que não se importa com o consumidor é o varejo estrangeiro
“Em tempos de vacas gordas para empacotadores e/ou para o consumidor, uma diferença desta saía das margens, hoje em dia não é assim. Pode não ser fácil aceitar, mas esta é a realidade. Volto mais uma vez a insistir que o varejo tem sido implacável e não há quem enfrente”, acrescenta o dirigente da entidade mais representativa do setor de feijões, pulses e colheitas especiais no Brasil.
Alguns países, de acordo com Lüders, têm buscado formas de reequilibrar as forças, pois mesmo grandes indústrias têm “sucumbido às negociações que são efetuadas lá com o comprador do varejo”. “E não pense que ele quer preservar o consumidor. Se tem alguém que não se importa com o consumidor é o varejo estrangeiro, que deita e rola no Brasil”, denuncia o especialista.
“Com pressões inflacionárias batendo forte em alguns produtos como consequência da valorização de proteínas animais, por exemplo, pior ainda. Não estão sendo muito atrativas as promoções com frango e ovos, por exemplo, então o chamariz tem que ser um produto como o Feijão para atrair o consumidor. A queda de braço vai continuar ora pendendo mais para um lado, ora para o outro”, conclui Marcelo Lüders.
Fonte: Agrolink