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Vacinação de suínos: as boas práticas garantem saúde do plantel e desempenho produtivo

A famosa frase “prevenir é melhor do que remediar” também se aplica – e muito – à suinocultura moderna. Uma das principais ferramentas de prevenção sanitária nas granjas é a vacinação, fundamental para proteger os animais contra doenças bacterianas, virais e suas toxinas.

Segundo a médica-veterinária Bruna Zuffo, da Auster Nutrição Animal, o sucesso da imunização começa bem antes da aplicação da vacina. “Um bom programa vacinal começa com diagnóstico preciso, feito com coletas e análises laboratoriais. Só assim conseguimos identificar as principais enfermidades presentes em cada fase da produção e selecionar as vacinas mais adequadas para cada plantel”, explica.

Há diversas opções no mercado: vacinas comerciais ou autógenas (específicas para cada granja), de dose única ou múltiplas aplicações e diferentes formas de administração, como intramuscular, intradérmica (sem agulhas) ou oral.

Bruna informa que, independentemente da vacina escolhida, as boas práticas são determinantes para o sucesso do programa. “Um dos erros mais comuns e graves é a falha na conservação das vacinas. A temperatura deve ser mantida entre 2°C e 8°C. Tanto o congelamento quanto o superaquecimento comprometem a eficácia do imunizante, já que desnaturam os adjuvantes da fórmula”, alerta.

Ela reforça que o armazenamento deve ser feito em conservadoras específicas e nunca em geladeiras comuns ou compartilhadas com alimentos. A superlotação e o armazenamento nas portas dos refrigeradores também devem ser evitados.

A organização do manejo vacinal, com definição dos lotes e datas de aplicação, evita falhas especialmente em granjas com lotes de animais em diferentes idades e fases produtivas. Além disso, contar com um vacinador exclusivo e treinado eleva a eficiência do processo.

“Esse profissional precisa dominar desde o uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Industrial) até técnicas de contenção, especialmente nos leitões. A correta aplicação, sem refluxos, garante resposta imune mais eficaz. Também é preciso atenção ao volume de dose, troca de agulhas e temperatura da vacina no momento da aplicação”, orienta Bruna Zuffo.

Outro ponto importante é o estado de saúde dos animais. “Não adianta vacinar um animal doente. O sistema imunológico já está sobrecarregado não responderá bem ao biológico. Muitas vezes, o processo vacinal é considerado encerrado após a última dose aplicada, o que é um erro. As aplicadoras precisam ser higienizadas com água e sabão, as borrachas de vedação trocadas periodicamente e lubrificadas com óleos específicos”, destaca a médica-veterinária da Auster Nutrição Animal.

Além disso, é essencial manter registros detalhados dos animais vacinados para garantir rastreabilidade e controle sanitário. Para garantir a qualidade do programa vacinal, a monitoria constante é indispensável. “Recomendo o uso de check-lists para detectar falhas e oportunidades de melhoria. A vacinação correta reduz a mortalidade, minimiza o uso de antibióticos e melhora os índices zootécnicos, além de promover o bem-estar dos animais”, ressalta Bruna.

Fonte: Irvin Dias

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