Com o papel de multiplicadoras na cadeia produtiva de frangos, as matrizes de corte também enfrentam desafios nutricionais, os quais – se não bem manejados – podem comprometer a sua produtividade. “Elas precisam ter o desenvolvimento corporal correto para chegar à idade reprodutiva em excelentes condições”, alerta o médico veterinário Fabio Zotesso, da Auster Nutrição Animal.
Peso corporal e produção de ovos estão em lados opostos num programa de seleção genética de aves. No caso das poedeiras comerciais, são selecionadas aves leves e, consequentemente, aquelas que produzem maior número de ovos. Quanto às reprodutoras pesadas, explica Zotesso, necessitam de manejo nutricional adequado para maximizar o potencial de produção de ovos férteis, os quais serão os frangos de corte do futuro. “Nesse contexto, é necessário rígido controle do peso corporal, por meio de uma dieta com restrição qualitativa e quantitativa, ou seja, com menor densidade nutricional e sob regime de restrição de consumo de alimentos”, explica.
O médico veterinário da Auster informa que as matrizes pesadas possuem vida produtiva média de 66 semanas, sendo aproximadamente 1/3 do ciclo produtivo em recria e 2/3 em produção de ovos. “Cada fase de criação tem suas particularidades e objetivos de performance semanais. E os 2/3 finais, ou pouco mais de 40 semanas de produção, são proporcionalmente mais produtivos de acordo com o atingimento das metas na recria”, informa Zotesso.
Para atingir o melhor desempenho possível, a uniformidade do lote nas primeiras semanas tem papel decisivo. Nessa fase, ocorre o desenvolvimento dos sistemas digestório, imunológico, cardiovascular, esquelético e o empenamento das aves. “Uma vez atingidas as metas de controle de peso e de uniformidade até as oito semanas de idade, as aves estarão mais preparadas para o desenvolvimento reprodutivo nas fases seguintes, assim como o da conformação corporal, peitoral e reserva de gordura desejados no final da recria para um bom pico e persistência de produção”, afirma o especialista.
Ele alerta que um dos principais desafios do manejo nutricional das reprodutoras pesadas é a disputa por alimentos entre as aves. “Na medida em que elas são selecionadas para melhor conversão alimentar e menor tempo de consumo, também aumentam os desafios na uniformização dos lotes. Como estão sob restrição alimentar, é imprescindível que a ração seja distribuída corretamente nos tratos diários, pois falhas no arraçoamento consiste entre as principais causas de desuniformização dos lotes”, diz.
De acordo com Fabio Zotesso, o manejo nutricional de reprodutoras pesadas não envolve apenas o fornecimento de ração balanceada. “Ele tem três pilares básicos, como formulação, quantidade de alimentos fornecidos e bom arraçoamento. Dessa forma, o sucesso se dá na parceria entre manejo e nutrição”, ressalta.
Nos últimos anos, a redução nos níveis de lisina tem apresentado impacto positivo no controle de escores de peito, de modo que esse aporte seja insuficiente para manter um ganho corporal em proteína, mas que as aves continuem a depositar o excesso de energia ingerida como gordura. “Para fêmeas, isso é relevante para melhorar a condição de reserva de gordura, indicativo de persistência de produção”, informa Zotesso. “A redução dos níveis de lisina também favorece o controle do peso dos ovos – quando muito acima dos padrões da linhagem esse fator pode interferir nos parâmetros de incubação e reduzir a eclosão dos ovos”, complementa.
Com o objetivo de contribuir para a correta nutrição das reprodutoras pesadas, a Auster Nutrição Animal possui portfólio com especialidades, aditivos, premixes, núcleos e concentrados. A Linha Númia foi desenvolvida criteriosamente, visando o máximo desempenho técnico e econômico. Para isso, é composta por insumos de alta tecnologia, que permitem às aves expressar todo o seu potencial genético por meio da associação com suplementos vitamínico-minerais, aminoácidos e especialidades nutricionais.
Fonte: Fernanda Medeiros / STA PRESS