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Um inverno para degustar outros vinhos

Época é a que mais se vende a bebida, mas nem só de tintos é feita a mesa dos consumidores

É comportamental: as temperaturas caem, e nos recolhemos em busca de aquecimento. Em casa, pratos mais consistentes e calóricos viram frequentes, assim como as garrafas de vinho. Consequência do inverno, responsável por ‘aquecer’ a demanda pela bebida — cerca de um quarto das vendas totais de vinho registradas no país concentram-se em junho e julho, meses auges do inverno.

Há uma razão para entender por que boa parte das vendas ocorreram nos meses mais gelados do ano. Os vinhos, especialmente os tintos, são mais alcoólicos, o que oferece uma sensação de calor ao organismo quando consumidos. Outro ponto, destacado pelo enólogo chefe da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari, se encontra no paladar. “Além do álcool, o tinto é rico em polifenóis e taninos e tem a característica de ter mais volume, mais corpo. E isso combina com pratos de sabor mais intenso, que consumimos mais nos dias frios”, ressalta.

Embora os tintos sejam os preferidos para serem consumidos durante o inverno, não há nada que impeça a presença de brancos e até de espumantes à mesa nessa época do ano. Em parte, a maior estrutura dos ambientes, com aquecimento tanto nas casas quanto nos restaurantes, ajuda. “Temos notado que o consumo do espumante não tem sofrido grande oscilação entre inverno e verão, mostrando que ele tem aptidão para ser consumido no inverno e não apenas nos períodos mais quentes”, diz Morari.

Entretanto, para abrir um espumante no inverno sem correr o risco de errar, é preciso prestar atenção quanto ao tipo da bebida escolhida. Uma dica é optar por espumantes mais encorpados. O tipo da uva com qual ele é feito pode ser um bom indicador, assim como o método de elaboração. Geralmente, espumantes com mais tempo de evolução, como os resultantes do método tradicional, possuem mais estrutura. Mas isso também pode ser resultante da variedade da uva.

É o caso do espumante Garibaldi Pinot Noir Rosé, por exemplo. A bebida é preparada 100% com uvas Pinot Noir, conferindo maior estrutura para esse espumante e fazendo dele uma ótima opção para ter na adega e atravessar o inverno. Da mesma forma, outro bom espumante para essa época do ano é o Garibaldi VG Extra-Brut, elaborado pelo método Charmat Longo. “É um espumante com mais tempo de autólise, resultando numa bebida mais encorpada para acompanhar os pratos típicos da estação”, analisa Morari, referindo-se ao período em que o espumante ganha aromas, corpo e cremosidade.

Entretanto, é claro que a adega caseira não pode ficar desabastecida de vinhos. Para não se apertar, o Cabernet Sauvignon e o Merlot da linha Garibaldi são apostas certeiras — e agradam em cheio os consumidores mais acostumados. “Os vinhos dessa linha são mais evoluídos, com toques de madeira, de que lhes confere intensidade e complexidade”, diz o enólogo da vinícola. Mas mesmo vinhos mais jovens, como os varietais da linha Granja União, podem ser um acerto. “São vinhos interessantes para essa época e têm um ótimo custo-benefício no dia a dia”, observa.

Mas o que pode ser interessante para determinada região de um país continental como o Brasil, pode não ser para outras. Assim, um portfólio diversificado faz muita diferença. No caso da Cooperativa Vinícola Garibaldi, outros produtos são indicados para lugares do país onde os dias frios não tão intensos quanto os do sul.

O vinho Chardonnay da linha Acordes, que tem leve passagem por barricas, assim como o Chardonnay da linha Garibaldi mais jovem e fresco, são ótimas opções para essas regiões de invernos mais brandos. “Outro bom vinho é o Riesling da linha Granja União, um vinho muito apto para ser consumido jovem e em locais onde a temperatura cai um pouco, mas não chega a esfriar tanto”, sugere Morari.

Fonte: Exata Comunicação

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