O trigo continua com problemas de desenvolvimento no Rio Grande do Sul, aponta o relatório semanal de acompanhamento das culturas da Emater. A continuidade de clima seco e temperaturas elevadas, com um longo período sem precipitações, ocasiona diminuição da umidade do solo e consequentemente a paralisação do crescimento das plantas.
O solo superficialmente muito seco e compactado dificulta o desenvolvimento das raízes superficiais e o desenvolvimento normal das plantas. Quando revolvidos para o plantio, os solos apresentam grandes volumes de torrões e dificuldades para a descompactação, prejudicando o avanço ou mesmo a finalização do plantio, que chega a 87% da área prevista para o Estado, contra uma média de 92% para o período.
“Com isso as sementes recém-lançadas ao solo tendem a ter germinação e desenvolvimento desuniformes, resultando em lavouras com falhas no seu stand”, aponta a Consultoria Trigo & Farinhas.
As constantes oscilações na temperatura e umidade relativa do ar também têm propiciado uma maior incidência de manchas foliares, segundo relatos de produtores, que já realizaram aplicação de fungicida, porém com resultados não satisfatórios. Também é notada baixa eficiência da aplicação nitrogenada em cobertura. O cenário é de lavouras com coloração verde amarelada, crescimento lento e baixo perfilhamento.
Já na região da Serra a semeadura está concluída nos municípios de menor altitude, seguindo em ritmo intenso nos municípios dos Campos de Cima da Serra, onde o período recomendado para a semeadura se estende até o final de julho. Devido ao microclima diferenciado nesta parte do Estado, as lavouras apresentam boa germinação e bom desenvolvimento de plantas.
Fonte: AGROLINK –Leonardo Gottems
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