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Trégua do conflito no Oriente Médio faz preços da ureia perderem força no mercado internacional

O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Irã e a retomada da produção de nitrogenados no mercado egípcio e iraniano trouxeram alívio para os preços da ureia no mercado brasileiro. Esse cenário, segundo o relatório semanal de fertilizantes da StoneX, empresa global de serviços financeiros, impactou na redução nos preços de CFR da ureia no país.

A queda observada foi de aproximadamente US$ 30 por tonelada do insumo, o que representa uma variação de pouco mais de 5%. Isso indica que a diminuição das tensões do oriente Médio contribuiu para fortalecer os sentimentos baixistas no mercado.

“Diante disso, a atenção dos investidores agora está voltada para a Índia, onde os importadores buscam fertilizantes para abastecer o mercado doméstico. A demanda por adubos segue aquecida no país e, por isso, a Índia anunciou recentemente uma nova licitação para importação de ureia”, diz o analista de Inteligência de Mercado, Tomás Pernías.

Na última licitação, os indianos não conseguiram adquirir o volume desejado, uma vez que a negociação ocorreu durante a escalada das tensões no Oriente Médio. A volatilidade dos preços, somada à cautela dos fornecedores, dificultou as aquisições naquele momento.

Agora, segundo Pernías, a Índia volta ao mercado em busca de cargas de ureia para abastecer a demanda doméstica. Contudo, essa nova tentativa de aquisição ocorre em meio a um cenário complexo: a oferta global de nitrogenados continua apertada, com as exportações chinesas ainda limitadas, e há dúvidas no setor, especialmente quanto ao rumo da política comercial dos EUA nas próximas semanas.

Dessa forma, o relatório da StoneX indica que os investidores estão atentos à licitação indiana como referência para a formação de preços e compreensão do cenário setorial.

“No Brasil, essa queda nos preços da ureia representa uma boa notícia para os importadores. As importações de nitrogenados costumam crescer ao longo do segundo semestre, à medida que os compradores brasileiros intensificam as aquisições destinadas, principalmente, à safrinha de milho 2025/26”, conclui Pernías.

Fonte: Valéria Campos 

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