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Transformar o campo e proteger o planeta: a Coopercitrus na COP29

Coopercitrus irá representar o cooperativismo brasileiro, ao lado da Cooxupé e do Sistema OCB na COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, no dia 19 de novembro. A convite do Centro de Comércio Internacional (ITC), a coop integrará o painel O Papel das cooperativas no avanço da ação climática, para compartilhar a experiência e as práticas inovadoras que tornam o cooperativismo um modelo sustentável e comprometido com o futuro do planeta. A apresentação pretende colocar em evidência as contribuições do movimento para uma produção agrícola ambientalmente consciente, capaz de gerar impactos locais e globais.

Para o presidente da Coopercitrus, Matheus Marino, a cooperativa se destaca pela implementação de um modelo de gestão que alia produtividade e práticas sustentáveis, sempre com foco nas necessidades dos 42 mil cooperados. “Nosso compromisso é com a preservação ambiental e com o uso de tecnologias inovadoras que ajudam a promover uma agricultura regenerativa. Acreditamos que, por meio de políticas de proteção ambiental e gestão sustentável, podemos contribuir para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas e melhorar a produtividade no campo de forma responsável”, afirma.

A cooperativa segue uma política de preservação das florestas nativas em suas reservas legais, com mais de 20% de áreas de vegetação protegida. Além disso, práticas como o uso de plantas de cobertura, que ajudam a conservar o solo, e o plantio direto, que reduz a necessidade de preparo e preserva as nascentes de água, são amplamente incentivadas. Por meio dessas práticas, os cooperados contribuem para a segurança alimentar global, com garantia de oferta de alimentos de forma responsável, mas também incentivando a produção de energia renovável.

“Não buscamos alta lucratividade. Priorizamos a oferta de tecnologias no campo que gerem resultados econômicos, ambientais e sociais. O projeto Campo Digital, por exemplo, reúne soluções tecnológicas que facilitam a vida do agricultor e ajudam a aumentar a eficiência e a sustentabilidade da produção. Através de ferramentas como o Geofert e sistemas de monitoramento, com o uso de caminhões e satélites, possibilitamos uma gestão de precisão que melhora a produtividade e a sustentabilidade no campo”, ressalta Matheus Marino.

Capacitação

Outro pilar fundamental de atuação da cooperativa é o desenvolvimento de capital humano qualificado, por meio da Fundação Coopercitrus Credicitrus, uma organização sem fins lucrativos que visa disseminar tecnologias e soluções ambientais para a agricultura e para a sociedade como um todo. A fundação oferece cursos gratuitos à comunidade, que incluem desde o técnico em agronegócio e big data para o setor, até capacitações profissionais para produtores e trabalhadores rurais. Esse programa já formou 148 operadores de drones, promoveu a participação de mais de 9,5 mil profissionais em atividades de desenvolvimento e, atualmente, mantém 199 alunos matriculados em cursos técnicos voltados para o agronegócio.

Em termos de gestão ambiental, a Coopercitrus adota uma política rigorosa de controle e melhoria contínua, em busca de sempre aprimorar o seu desempenho sustentável. Esse compromisso é refletido no uso de fontes renováveis para compor 73,4% de sua matriz energética, uma média significativamente superior à média nacional do Brasil, que é de 47,4%. A cooperativa conseguiu reduzir substancialmente suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em diversas frentes, com uma queda entre os anos de 2022 e 2023 que  refletem um comprometimento constante com a sustentabilidade.

Para reforçar a transparência e a credibilidade dos seus dados, a coop utiliza o Global Reporting Initiative (GRI), um padrão internacional para relatórios de sustentabilidade, além de submeter seus resultados a auditorias externas. A mensagem principal, proposta para a COP29, é a da sustentabilidade como centro de estratégia ESG, em que se acredita que o fortalecimento do mercado de créditos de carbono e o estabelecimento de regras claras de apoio financeiro aceleram a transição para uma matriz energética mais verde, além de criar oportunidades de valor para os seus cooperados.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, reforça o papel do cooperativismo brasileiro no combate às mudanças climáticas, tendo em vista o comprometimento com a sustentabilidade e a adoção de práticas responsáveis que impactam diretamente no meio ambiente. “A Coopercitrus, com sua estratégia voltada para a preservação ambiental e a inovação, é um exemplo de como o setor cooperativo pode contribuir com a transição para uma economia mais verde e sustentável. O Sistema OCB tem o orgulho de apoiar iniciativas como essa, que representam o potencial do cooperativismo brasileiro na COP29 e em outras plataformas internacionais,” destaca.

Fonte: Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB

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