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Termoregulador fortalece o canavial durante período de estresse hídrico

Quando falamos da cultura da cana-de-açúcar, a safra atual é sempre reflexo do ano anterior. No ciclo passado, por exemplo, devido às altas temperaturas que o Brasil enfrentou, além da seca e falta de chuva, muitos incêndios impactaram os canaviais, e consequentemente, para este ano isso ocasionou a redução de produtividade em regiões como a de Ribeirão Preto-SP. Cenários como esse demonstram o como é importante aprender com as situações, ou seja, o canavicultor precisa se preocupar com as interferências climáticas e adversidades, procurando auxiliar as plantas durante esses períodos de estresse.

Ciente desta necessidade de muitos produtores, a Agroallianz uma empresa do Grupo DVA e da Coopercitrus, destacará durante a Agrishow 2025, que ocorre de 28 de abril a 2 de maio, uma ferramenta dotada da tecnologia da multinacional alemã DVA, o termorregulador Osmobetan, para ajudar a classe produtora a passar por este cenário não tão positivo para a safra deste ano. O engenheiro agrônomo e representante de vendas, Fabiano Coelho, explica que um dos principais problemas são as altas temperaturas. 

A região de Ribeirão Preto enfrentou, em média, quatro meses de calor extremo em 2024, com máximas acima de 40°C.  “Essas altas temperaturas podem gerar a redução de TCH (tonelada de cana por hectare). Também impactam na decisão dos produtores em fazer ou não a reforma do canavial”, diz Coelho. 

Os termorreguladores agem diretamente na diminuição do estresse da planta, proporcionando melhor absorção dos nutrientes, sanidade do canavial e diminuindo as perdas. “O Osmobetan fornece condições para que haja rápida brotação por meio da estimulação metabólica, menos estresse hídrico e térmico”, cita o profissional. Segundo ele, no acompanhamento em trabalhos ainda não finalizados em fazendas dos clientes na região é possível observar visualmente no desenvolvimento inicial da soqueira da cana um melhor padrão nas áreas com aplicação do produto.

É exatamente o que pôde comprovar o canavicultor, Gustavo Florêncio Gregorini, nesta safra. De família de produtores rurais, ele junto com a família, planta desde 1992 em Taiaçu-SP, cana-de-açúcar, em que colhe uma área de 899 hectares (ha), começou a utilizar o Osmobetan em 2024. O agricultor conta que foi instalado um campo experimental na fazenda e utilizado nele o termorregulador da Agroallianz no corte de soqueira. “Observamos um vigor melhor das plantas onde foi aplicado, em comparação com tratamento padrão da fazenda. Esse vigor vai se reverter numa maior proporção. Diante da seca e calor intensos passados na última safra, o uso do produto minimizou o stress delas, fazendo com que se desenvolvessem melhor que os demais talhões onde não foi usado”, pontua. 

Ferramenta estratégica

No cultivo da cana-de-açúcar os produtores realizam uma etapa na produção chamada de “corte de soqueira”. Essa operação acontece após a colheita, quando uma máquina aplica um jato dirigido no solo, nessa aplicação, o produtor geralmente insere defensivos para pragas e também fertilizantes. “Essa operação surgiu, principalmente, para o controle de pragas”, explica Bruno Francischelli, engenheiro agrônomo e Head Americas Biological Protection & Crop Performance.

Ele conta que acreditando nas qualidades do termorregulador Osmobetan, a empresa começou a usá-lo também nessa operação de corte de soqueira. “O pessoal da cana até usa a expressão “pré-seca” para se referir ao momento em que a planta precisa se preparar para enfrentar a estiagem”, reforça o especialista. Algumas aplicações, inclusive, foram feitas em momentos de estiagem já bastante prolongada. “Tivemos, no último inverno, uma seca muito severa. Foi justamente por isso que decidimos testar”, relata.

As aplicações foram realizadas na safra passada e agora os resultados começaram a ser observados. “Ainda não temos muitos dados numéricos porque a colheita da cana não começou, ou está no início em algumas áreas, já que o pico da colheita ainda está por vir. Mesmo assim, já temos relatos muito positivos, tanto do produtor quanto das equipes de campo que estão acompanhando as áreas. Já dá para ver uma brotação maior, com mais perfilhos, além de maior altura das plantas”, relata Francischelli.

Ele conta que nesta cultura, quanto mais perfilhos, maior a altura e o volume de colmos. Isso é importante porque está diretamente ligado à produtividade, ou seja, mais toneladas de cana por hectare. “Ainda não colhemos, mas a expectativa é muito boa. Estimamos colher, em média, de 8 a 10 toneladas a mais por hectare, sendo esta uma projeção com base nos trabalhos até agora”, destaca o profissional da DVA.

Fonte: Kassiana Bonissoni 

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