Com a chegada da safra de verão 2024/2025, produtores rurais brasileiros contam com um número cada vez maior de ferramentas tecnológicas capazes de aprimorar a gestão de suas lavouras. Essas soluções digitais desempenham um papel fundamental ao fornecer informações precisas e em tempo real, auxiliando os agricultores na identificação e no monitoramento de pragas, doenças e plantas daninhas.
Ao ter acesso a dados confiáveis sobre os principais problemas que afetam suas culturas, os produtores podem tomar decisões mais assertivas quanto ao manejo necessário, otimizando a utilização de insumos e aumentando a eficiência de suas operações. Essa integração entre tecnologia e agricultura tem se tornado cada vez mais essencial diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas e pela necessidade de uma produção mais sustentável. Para se ter uma ideia, 90,74% dos produtores utilizam software e aplicativos de previsão climática, 90,71% para manejo agrícola e 70,37% para gestão de propriedades. Os dados são resultado de um amplo estudo sobre a difusão da agricultura digital no Brasil, realizado pela pesquisadora Maira de Souza Regis, da Universidade de Brasília (UnB) publicado no último ano.
Um exemplo dessa transformação digital no campo é o aplicativo ADAMA Alvo, ferramenta que permite que, em poucos cliques no smartphone, o produtor identifique os principais agentes causadores de perdas de produtividade em suas lavouras de soja, milho, algodão, trigo, cana e café. “À medida que os desafios da agricultura se tornam cada vez mais complexos, é fundamental oferecer aos produtores rurais ferramentas digitais capazes de apoiá-los de forma eficiente. Com o ADAMA Alvo, buscamos simplificar a identificação de problemas em campo, além de permitir que os usuários visualizem a façam reportes das infestações de pragas e focos de escape de controle de plantas daninhas de suas regiões, permitindo um manejo mais assertivo das lavouras”, afirma Roberson Marczak, gerente sênior de Inovação e Sustentabilidade da ADAMA no Brasil.
Entre as principais plantas daninhas que afetam a cultura da soja, destacam-se a buva (Conyza spp.), o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), o capim-amargoso (Digitaria insularis). Todas elas podem ser rapidamente identificadas e monitoradas pelos produtores por meio do ADAMA Alvo, contribuindo para a tomada de decisões mais assertivas no controle dessas plantas daninhas.
Além disso, a nova versão do aplicativo, lançada recentemente para esta safra, traz melhorias como a mudança da linguagem de programação para Flutter, que garante uma experiência mais rápida e fluida aos usuários, independentemente do sistema operacional do dispositivo. Outras novidades incluem a correção de falhas e bugs, além da possibilidade de utilização do aplicativo mesmo sem conexão com a internet, o que é um grande ganho, já que, segundo o mesmo estudo da pesquisadora Maira de Souza Regis, a falta de internet no campo é apontada como principal barreira para a digitalização. “Ao unir tecnologia e agricultura, estamos capacitando os produtores rurais a tomarem melhores decisões, aumentando significativamente a produtividade e a rentabilidade de suas lavouras de forma sustentável”, conclui Marczak.
Fonte: Flávia Tavares