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Tecnologia nas escolas agrícolas

Tecnologia nas escolas agrícolas deve ser aliada do conhecimento pedagógico
Especialistas avaliam que a modernização de implementos por si só não adianta se os alunos não desenvolverem o pensar
A modernização de equipamentos no ensino técnico agrícola é fundamental, mas ela deve vir também com a atualização do conhecimento pedagógico daqueles que formam os futuros profissionais. Esta foi a temática abordada pelos participantes do Agropauta Web Talks, realizado na noite desta segunda-feira, 5 de julho. Participaram do encontro virtual o presidente da Associação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea), Fritz Roloff, o presidente do Sindicato dos Técnicos Agrícolas no Estado do Rio Grande do Sul (Sintargs), Luís André Sasso, e o presidente do Conselho dos Diretores das Escolas Técnicas Agrícolas Estaduais do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Cosmam.

Para Sasso, a atualização das tecnologias nas escolas técnicas é importante para a formação do futuro técnico agrícola, já que hoje a realidade do mercado é de um ambiente cada vez mais tecnificado. “Estes profissionais estarão chegando logo no mercado de trabalho. E eles não vão encontrar hoje em dia com a tecnificação da área do agronegócio equipamentos antigos. Eles terão um maior aproveitamento na sua educação, no seu aprendizado, para chegar em um mercado de trabalho atualizado. Este é o maior objetivo que a gente almeja para a educação”, destacou.

Roloff avalia que a tecnologia também é importante, mas mais do que isso, é prioritário também que os professores sejam atualizados, pois o conhecimento pedagógico para a aplicação das tecnologias é necessário. “É importante a tecnologia na vanguarda. É fundamental isto, mas temos que avançar. Não poderíamos ter simplesmente os equipamentos, contratar uma empresa e dizer que ele deve usar a máquina de uma forma. Nós estamos falando de uma escola. Não queremos a técnica pela técnica, mas a técnica à serviço do ser humano. Por isso é fundamental que o professor seja bem preparado”, observou.

Já Cosmam salientou a realidade que era vivida pelas escolas técnicas agrícolas, onde a maior parte dos alunos já estão no campo e atualizados mas, ao chegar nas escolas, se deparavam com implementos ultrapassados. “Nós percebíamos que, ao receber os alunos, havia essa defasagem nas máquinas e equipamentos. A maioria dos alunos tem relação com o meio rural e o professor para fazer uma aula prática e os equipamentos eram da década de 1970. E olhamos as propriedades vizinhas, muitas vezes até mesmo pequenas propriedades e com máquinas, tratores e plantadeiras novas”, ressaltou.

Fonte: AgroEffective
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