Especialistas avaliam que a modernização de implementos por si só não adianta se os alunos não desenvolverem o pensar
Para Sasso, a atualização das tecnologias nas escolas técnicas é importante para a formação do futuro técnico agrícola, já que hoje a realidade do mercado é de um ambiente cada vez mais tecnificado. “Estes profissionais estarão chegando logo no mercado de trabalho. E eles não vão encontrar hoje em dia com a tecnificação da área do agronegócio equipamentos antigos. Eles terão um maior aproveitamento na sua educação, no seu aprendizado, para chegar em um mercado de trabalho atualizado. Este é o maior objetivo que a gente almeja para a educação”, destacou.
Roloff avalia que a tecnologia também é importante, mas mais do que isso, é prioritário também que os professores sejam atualizados, pois o conhecimento pedagógico para a aplicação das tecnologias é necessário. “É importante a tecnologia na vanguarda. É fundamental isto, mas temos que avançar. Não poderíamos ter simplesmente os equipamentos, contratar uma empresa e dizer que ele deve usar a máquina de uma forma. Nós estamos falando de uma escola. Não queremos a técnica pela técnica, mas a técnica à serviço do ser humano. Por isso é fundamental que o professor seja bem preparado”, observou.
Já Cosmam salientou a realidade que era vivida pelas escolas técnicas agrícolas, onde a maior parte dos alunos já estão no campo e atualizados mas, ao chegar nas escolas, se deparavam com implementos ultrapassados. “Nós percebíamos que, ao receber os alunos, havia essa defasagem nas máquinas e equipamentos. A maioria dos alunos tem relação com o meio rural e o professor para fazer uma aula prática e os equipamentos eram da década de 1970. E olhamos as propriedades vizinhas, muitas vezes até mesmo pequenas propriedades e com máquinas, tratores e plantadeiras novas”, ressaltou.