Produzir mais em menos espaço e aumentar a resistência das culturas. Com esse objetivo, a Krilltech, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e a Embrapa, desenvolveu um método exclusivo de engenharia de superfície aplicado a nanopartículas de carbono. O resultado foi o Krill-A32, uma tecnologia agrícola inovadora que atua como um sinalizador fisiológico, potencializando a eficiência genética, energética e produtiva das plantas. Natural, sustentável e atóxica, a inovação levou à síntese do Carbon Dot 1, que já originou três produtos disponíveis no mercado.
“Nós acreditamos que as plantas são como atletas de alto rendimento, que precisam de estímulos naturais para alcançar o máximo de seu potencial. E a nossa tecnologia foi desenvolvida justamente para oferecer esses estímulos em diversas culturas, beneficiando diretamente o produtor rural”, explica Marcelo Rodrigues, sócio fundador da Krilltech, pesquisador e professor da UnB.
O primeiro produto nascido dessa inovadora pesquisa é o Arbolina, uma solução pioneira que atua diretamente nos processos fisiológicos primários das plantas, aprimorando a fotossíntese e a absorção de nutrientes. Versátil e eficaz em diversas culturas, a solução também ampliou o conhecimento dos pesquisadores sobre seus mecanismos de ação, abrindo caminho para novas aplicações e o desenvolvimento de outros Carbon Dots.
Com isso, outras variações foram desenvolvidas, como o KrillGrowth, produto que integra os Carbon Dots 1 e 2 e age no melhor desenvolvimento de raízes, maior perfilhamento, aumento de diâmetro e altura da cana-de-açúcar, elevando o tamanho vertical dos exemplares em até 29% e o diâmetro em até 6%, entre outros benefícios.
Recentemente, a empresa também entrou no mercado de algodão com o KrillBloom, que sinaliza processos fisiológicos primários e secundários por meio dos Carbon Dots 1 e 3, proporcionando melhor retenção de maçãs e produção no algodoeiro. Em algumas propriedades onde o produto foi aplicado, a produtividade aumentou cerca de 35 arrobas por hectare, conforme atestado pela consultoria Círculo Verde Pesquisas Agronômicas.
“Estudamos e trabalhamos esse método de síntese há 10 anos e todo o aprendizado adquirido nesse período nos fez entender que o conhecimento da fisiologia e dos mecanismos fisiológicos das plantas é um diferencial importante para a agricultura. Com isso, estávamos avançando e direcionando alternativas para diferentes culturas”, ressalta Marcelo.
Fonte: Rafael Gomes