A mecanização tem transformado profundamente a produção de cebola no Brasil. Frente à crescente escassez de mão de obra e à necessidade de ganho de escala, produtores têm buscado alternativas que aumentem a eficiência sem comprometer a qualidade dos bulbos. Nesse contexto, a colheita mecanizada desponta como solução viável e cada vez mais acessível, oferecendo vantagens tanto operacionais quanto econômicas.
Com o uso de máquinas específicas, o processo se torna mais ágil, padronizado e menos dependente de fatores humanos. “A realidade do campo hoje é a dificuldade em encontrar mão de obra para colher cebola. A mecanização surge como uma resposta urgente a isso”, explica o especialista em Bulbos e Raízes da Agristar do Brasil, Samuel Sant’Anna. Segundo ele, além de resolver o problema da escassez de trabalhadores, a mecanização ajuda a reduzir perdas e a manter a integridade dos bulbos, desde que o material colhido seja adequado para esse tipo de operação.
Entre os principais benefícios estão a agilidade no manejo, a possibilidade de colher no momento ideal de maturação e a redução de danos causados por colheitas manuais mal executadas. “A tendência é que a colheita mecanizada se torne uma realidade para produtores de todos os portes, não apenas grandes produtores. Com o avanço das tecnologias e dos materiais adaptados, isso está se tornando cada vez mais viável”, afirma Sant’Anna.
Cebolas híbridas ideais para a mecanização
Entre os materiais desenvolvidos, e que se adaptam perfeitamente à colheita mecanizada, destaca-se a cebola híbrida Lucinda, da linha Topseed Premium. O material reúne atributos agronômicos essenciais para esse tipo de manejo, como alto teor de matéria seca, firmeza, casca bem aderida e resistência às principais doenças foliares da cultura.
“A cebola Lucinda é muito firme, com excelente coloração de pele, apresenta entre cinco e sete camadas de casca, o que proporciona mais segurança ao passar pela máquina”, destaca o especialista. Essa combinação de características não apenas facilita a colheita mecânica, como também favorece a conservação pós-colheita. “É um material que pode ser armazenado por três a quatro meses, tranquilamente, mantendo a qualidade comercial”, complementa.
Desenvolvida com foco na produtividade e na adaptação ao campo, a cebola Lucinda reforça a importância de investir em tecnologias que acompanham o avanço das práticas agrícolas.
“Nosso trabalho de desenvolvimento é justamente esse: buscar materiais que atendam às novas demandas do produtor, com qualidade, resistência e desempenho no pós-colheita”, complementa Sant’Anna. Ele destaca que, além da Lucinda, a linha Topseed Premium conta com outras cultivares que se adaptam à mecanização, que atendem diferentes regiões e perfis de produção.
Entre elas estão as cebolas Samurai, Cattena, Aquarius e Soberana, que se destacam pelo formato, coloração de casca, alto potencial produtivo e firmeza — características essenciais para um bom desempenho em colheita mecanizada.
Fonte: Juliana Bonassa – Attuale Comunicação