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Tecnologia é aliada da sucessão familiar e da permanência das próximas gerações no campo

Responsáveis por 70% da produção de alimentos do Brasil, famílias do campo conseguem manter os jovens nas lavouras

Força motriz do agronegócio, a agricultura familiar é a principal responsável por garantir que alimentos cheguem às nossas casas -em todo o mundo correspondem por 80% da produção de comida, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Por isso, é essencial pensar em formas de promover seu desenvolvimento e garantir que o interesse das novas gerações no campo.

A tarefa de encantar e incentivar a permanência dos jovens nem sempre é simples. Quando se fala em sucessão no agro, primeiro é preciso entender que esse setor engloba tanto a produção de subsistência, quanto os maiores grupos agropecuários. Nesse amplo espectro, é preciso compreender que cada negócio rural é único. Também é necessário entender que cada componente da família é uma peça fundamental para a gestão da propriedade, ainda mais quando o assunto é o planejamento a longo prazo.

“Para o sucesso da continuidade dos negócios, a serenidade durante a passagem de bastão é de extrema importância. Os que ficarão na administração precisam estar cientes de suas funções, enquanto é necessário deixar claro que os antecessores não serão excluídos. Nesse momento tão delicado, a modernidade dos sucessores e a experiência dos pioneiros precisam estar em equilíbrio”, explica Alessandra Decicino, engenheira agrônoma e especialista em gestão.

Nesse processo, as novas tecnologias no campo possuem um papel fundamental na tomada de decisão dos sucessores, por serem uma demonstração da evolução e da profissionalização da agricultura. Também conhecida como Agricultura 4.0, as atuais ferramentas de trabalho exigem esforços físicos menores e, ao mesmo tempo, aumentam a produtividade das lavouras. Sendo assim, a prosperidade da agropecuária depende das máquinas agrícolas, já que os agricultores passam a maior parte na gestão dos negócios.

“No Brasil, que tem um papel de protagonismo na agricultura mundial, adotar tecnologias que auxiliam os agricultores de todos os portes é uma necessidade absoluta, e o nosso setor toma as rédeas para o desenvolvimento dessas soluções e iniciativas no campo. E é justamente essa presença constante da tecnologia que atrai o interesse dos produtores mais jovens, oriundos de famílias já presentes no agronegócio”, afirma o diretor de vendas Valtra, Alexandre Vinicius de Assis.

O futuro da agricultura começa agora

A ONU prevê que até 2050 haverá mais de 10 bilhões de pessoas no planeta, o que exigirá um crescimento de 70% da produção global de alimentos. O Brasil, nesse contexto, terá que aumentar sua produtividade em 40% e, em simultâneo manter a sustentabilidade do setor. Isso significa que o tamanho da área agrícola do futuro será pouco maior que a atual, mas para isso acontecer serão necessários diversos avanços em pesquisa e extensão rural.

Por isso, é de extrema importância que os grupos familiares do agro tenham um planejamento para as próximas gerações, que serão as responsáveis por alimentar parte dessa população. A ampliação da capacitação rural, o acesso às novas tecnologias e a abertura de mercado trazem muitas possibilidades, mas ainda há muito a ser feito para que parte dos agricultores se percebam como empresários do campo.

“Esse é um processo que precisa ser discutido entre os membros da liderança e gestão. O agro está se profissionalizando, temos grupos familiares que fazem parte do mercado financeiro, enquanto outros precisam de orientações básicas para pensar nos próximos passos. Cada uma dessas histórias precisa ser analisada individualmente, não há receita de bolo para a sucessão”, afirma Alessandra.

“As Fatecs, startups e demais instituições do agronegócio realizam trabalhos excelentes em pesquisa. Além disso, as tecnologias são muito importantes para a sucessão, já que muitas vezes uma determinada ferramenta permanece na história de uma propriedade por mais de uma geração. Pensar a logo prazo nem sempre é fácil, mas sou muito positivo com o futuro da agricultura brasileira”, complementa Assis.

Uma jovem que assumiu a gestão da fazenda

Dentre os Valtreiros e as Valtreiras, como são conhecidos os produtores clientes e fãs da Valtra, não faltam histórias de sucessão familiar realizadas com êxito. É o exemplo de Virgínia Quaini, de Cruz Alta (RS), que em 2017 decidiu ajudar na lida diária da fazenda de sua família. Por ser filha única, a continuidade das operações no campo sempre foi uma preocupação, no entanto, em pouco tempo ela assumiu 100% da colheita e, desde então, participa ativamente da gestão da propriedade.

“A minha paixão pelo agro vem de berço e, em todos, os momentos a Valtra fez parte dessa história, já que temos relação com a marca desde a época do meu avô. Hoje 90% da nossa frota é da fabricante e sou eu que tomo conta de muitos manejos aqui”, explica.

Tradição entre gerações

Em Tunas (RS), a família Schmitt está em sua quarta geração no campo. Essa história começa com Eduardo Jesus Schmitt, que está na agricultura desde seus 15 anos de idade. A identificação com a marca foi intensa, e Eduardo adquiriu diversos tratores Valtra ao longo dos anos. A tradição passou para o filho Eloi José Schmitt e para o neto Eduardo Schmitt.

“Desde que me conheço por gente, ajudo a produzir alimentos para o mundo e é essa a tradição que passa de geração em geração”, diz o patriarca Eduardo Jesus. “Aqui o grupo familiar trabalha unido e com o mesmo propósito. As máquinas estão aqui para nos ajudar e desde a época do meu pai que a Valtra está no nosso coração”, explica Eloi. “São máquinas que a gente confia e que realmente nos ajudam no campo”, complementa Eduardo.

Fonte: Ericson Cunha

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