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Tecnologia do SAS auxilia pesquisadores da Embrapa em estudo agropecuário

Com uso de tecnologia, método permitiu maior precisão, eficácia e redução de custo na identificação da curva de emissão de gases estufa em culturas agrícolas

São Paulo, agosto de 2021 – O uso da tecnologia analítica do SAS, líder mundial em analytics, permitiu que pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) conseguissem ter maior acurácia em estudo sobre a identificação da curva de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) em culturas agrícolas. Com o uso do software do SAS, foi possível identificar de maneira mais rápida e com custo menor como diferentes manejos agrícolas impactam o meio ambiente, sugerindo possibilidades e alternativas mais eficazes na redução de GEE na atmosfera.

O estudo em questão, conduzido pelos pesquisadores Alfredo José Barreto Luiz e Magda Aparecida de Lima, da Embrapa, mediu a emissão de GEE utilizando como base culturas de arroz inundado. Para identificar os efeitos no meio ambiente, utilizaram o teste não paramétrico de Kolmogorov-Smirnov (KS) para comparar eventos com respostas ao longo do tempo. O teste KS foi escolhido como alternativa ao procedimento de Análise de Variância (ANOVA), tradicionalmente usado. A partir das informações coletadas, os pesquisadores utilizaram a tecnologia do SAS para mensurar e analisar os dados.

Barreto Luiz explica que um dos objetivos da estatística e dos métodos quantitativos aplicados à pesquisa científica em geral – e na pesquisa agropecuária em especial – é possibilitar a obtenção de resultados confiáveis com o menor custo. Ou seja, segundo ele, não adianta oferecer uma solução muito precisa se ela custar muito trabalho e dinheiro. “Não só o KS pode ser utilizado de uma forma não ortodoxa para melhor comparar dados de emissão de Gases de Efeito Estufa pelas atividades agrícolas no tempo, por diferentes manejos, mas muitas outras rotinas disponíveis no sistema possuem potencial para reduzir gastos e prazos na pesquisa, com resultados benéficos para a agropecuária brasileira”, afirma o pesquisador da Embrapa.

O pesquisador ressalta que só foi possível alcançar esse resultado graças ao apoio do uso de tecnologia analítica. “O SAS é reconhecido pela confiabilidade de seus algoritmos e oferece uma enorme gama de aplicações já implementadas que ajudam no tratamento e análise de dados da pesquisa”, ressaltou Barreto Luiz. “A análise ideal é aquela que demanda menos tempo, menos trabalho e menos recursos para chegar a um resultado com confiabilidade conhecida. Nesse sentido, uma ferramenta confiável e que colabore para facilitar a análise dos dados é fundamental.”

A importância de estudos como esse vai ao encontro do próprio esforço da comunidade científica no Brasil em reduzir as emissões de GEE. Segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), 73% das emissões brasileiras são provenientes de atividades agropecuárias. Promover pesquisas com aplicação de métodos alternativos que utilizem tecnologias de análises de dados como apoio são essenciais para fornecer soluções que ajudem no combate de redução dos gases de efeito estufa, segundo aponta o pesquisador da Embrapa.

“Podemos e devemos desenvolver tecnologias que permitam reduzir a emissão de GEE a cada saca de café produzida, por exemplo, ou a cada arroba de carne ou algodão”, explica Barreto Luiz. “Ao expor a emissão em relação à produção, isso pressupõe imediatamente que temos de fazer cálculos, criar métricas, gerar análises quantitativas e estatísticas. Nesse sentido, é necessário que tenhamos à disposição equipes e equipamentos capacitados para analisar os dados das pesquisas e realizá-las da forma mais eficiente e confiável”, complementa o pesquisador

Tecnologia no agronegócio

Com uma população global estimada em mais de 10 bilhões de pessoas em 2050, os produtores rurais de todo o mundo terão produzir cerca de 70% mais alimentos do que o que é produzido atualmente, de acordo com dados do The American Farm Bureau Federation. O uso da tecnologia no campo é um dos caminhos para aumentar a produtividade nas atividades agrícolas ao mesmo tempo em que garante mais qualidade aos produtos e reduz o impacto ambiental.

No Brasil, com o avanço da conectividade no interior do País, a vasta oferta de maquinários agrícolas sensorizados e a democratização da Internet das Coisas (IoT) e do analytics, a adoção de tecnologia tem crescido nas mais diversas aplicações que vão de agricultura de precisão e monitoramento animal a manutenção preditiva de maquinário, controle de pragas, entre outros. “O aproveitamento dos dados gerados no campo é muito importante para pesquisadores, agricultores e outros profissionais que atuam no setor e que buscam melhorar a produvidade no agronegócio. Com um volume crescente de informações sobre atividade agrícolas, é possível fazer uso inteligente desses dados, com impactos positivos para o agronegócio e para o meio ambiente.”, afima Raphael Domingues, diretor de desenvolvimento de negócios para América Latina no SAS.

Fonte:  RPMA

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