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Suinocultura do MS projeta salto em competitividade e sustentabilidade no III Encontro de Lideranças da Asumas

Em um cenário de investimentos crescentes, avanços tecnológicos e perspectivas otimistas, o setor da suinocultura sul-mato-grossense se reuniu nesta quinta-feira, 10 de abril, para debater o futuro da atividade no III Encontro de Lideranças da Suinocultura, promovido pela Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (Asumas) durante a Expogrande 2025. O encontro reuniu produtores, representantes da classe produtiva e da indústria, autoridades e especialistas, reafirmando o papel de Mato Grosso do Sul como um dos estados mais promissores para a suinocultura no Brasil.

“Estamos vivendo um momento único. O Mato Grosso do Sul está pronto para se consolidar entre os cinco maiores produtores e exportadores de carne suína do país”, afirmou o presidente da Asumas, Renato Spera. “Este encontro foi mais do que uma troca de experiências, foi um marco para alinharmos estratégias, estreitarmos relações institucionais e mostrarmos que temos muito a contribuir para o agro nacional”, completou.

O evento foi palco da apresentação de dados robustos sobre o crescimento da suinocultura no estado. Em 2024, Mato Grosso do Sul registrou o abate de mais de 3,39 milhões de suínos, o que representa cerca de 315 mil toneladas de carne, movimentando uma cadeia produtiva com 32 mil empregos diretos e 129 empresas ativas no setor.

Com isso, o estado ocupa hoje a 6ª posição no ranking nacional de exportações de carne suína, com expectativas de alcançar a 5ª colocação ainda neste ano, segundo projeções da Famasul. Em valores, o setor já movimenta mais de R$ 32 bilhões em produção e exportações que superam os US$ 37,9 milhões por ano.

A Asumas também destacou os altos investimentos em biosseguridade e sustentabilidade, com o programa “Leitão Vida”, que já destinou mais de R$ 64 milhões em incentivos para modernização das granjas, bem-estar animal e inovação tecnológica. Outro diferencial do estado é a forte presença de instituições de ensino e pesquisa que dão suporte à atividade, como Embrapa, UFMS, UEMS, IFMS, Fundação MS e diversas unidades do Senar/MS, responsáveis por qualificar mão de obra e fomentar a inovação.

Com polos produtivos em cidades como São Gabriel do Oeste, Ivinhema, Dourados, Sidrolândia e Glória de Dourados, o setor tem ganhado fôlego graças ao apoio institucional e à ampliação da infraestrutura logística, com destaque para a Rota Bioceânica, que promete abrir novos mercados para a carne suína sul-mato-grossense na Ásia.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, destacou o avanço da suinocultura no estado e a importância do papel das associações na gestão de programas de incentivo. Ele citou como exemplo o crescimento do Programa Leitão Vida, que mais do que dobrou os investimentos nos últimos quatro anos.

“Em 2020, o Estado destinou R$ 31 milhões em benefícios diretamente ao produtor por meio do programa Leitão Vida. Já em 2024, esse valor chegou a R$ 64 milhões. Isso reflete o crescimento da atividade, a melhoria dos indicadores e a necessidade de revisar o programa para garantir ainda mais eficiência. Essa reestruturação também fortalece a capacidade da associação de atuar junto aos seus associados. É um sinal claro, Renato, da confiança do Estado na associação e na sua competência em gerir esses recursos. Acreditamos que o Estado não deve atuar de forma isolada, mas sim construir políticas públicas em parceria com quem está no campo.”

A presença de autoridades federais no encontro também reforçou a importância da suinocultura de MS no contexto nacional. Políticas públicas, sanidade animal e abertura de novos mercados externos foram temas centrais das discussões.

A senadora da República, Tereza Cristina, destacou que a retirada da vacinação contra a febre aftosa pode representar uma oportunidade estratégica para ampliar os mercados da carne brasileira. Segundo ela, a União Europeia é um dos destinos em potencial que ainda não recebe carne suína do Brasil. “A própria União Europeia, hoje, não importa carne suína brasileira. Inclusive, no acordo do Mercosul, esse produto ficou de fora. Mas, quando o Brasil alcançar o status de livre de febre aftosa sem vacinação, acredito que teremos condições de acessar esse mercado, que é extremamente promissor”, afirmou a senadora.

Ao final do encontro, Renato Spera reforçou o compromisso da Asumas com a sustentabilidade, a transparência e o crescimento estruturado da atividade. “Temos uma cadeia produtiva organizada, que respeita o meio ambiente, investe em biosseguridade e gera milhares de empregos. O nosso desafio agora é continuar crescendo com responsabilidade, mostrando que o Mato Grosso do Sul é, sim, o próximo destino da suinocultura nacional”, concluiu.

Fonte: Asumas

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