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Sucessão familiar é apontada como principal necessidade para boa governança corporativa no meio rural

Pesquisa da KPMG e IBGC revela que 54% dos entrevistados acreditam que o plano de sucessão é o maior desafio para os negócios no agro. Tema será discutido na Tecnoshow Comigo por meio da experiência da família Nishimura, responsável pela criação da Jacto

O agronegócio brasileiro evolui, ano após ano, em produção e produtividade, impactando de forma positiva vários segmentos econômicos da sociedade, seja por meio da criação de emprego ou geração de renda para a população. Porém, é um setor que vivencia vários desafios e um deles é formar sucessores para a continuidade dos negócios no campo. Segundo dados da pesquisa Governança no Agronegócio: Percepções, Estruturas e Aspectos ESG nos Empreendimentos Rurais Brasileiros, realizada pela KPMG no Brasil e Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), para 54% dos entrevistados, a sucessão é a maior necessidade das empresas rurais. Por causa da importância do tema, a Tecnoshow Comigo 2023 realizará no dia 30 de março, às 14 horas, no auditório 1 do Centro Tecnológico COMIGO (CTC), em Rio Verde (GO), a palestra ‘Sucessão Familiar: a experiência de sucesso da família Nishimura’.

O assunto será discutido por Alessandra Nishimura e Fábio Nishimura, que são integrantes da família Nishimura, responsável pela criação da Jacto – presente em mais de 100 países, com fábricas no Brasil, Argentina e Tailândia, além de escritório comercial no México. De acordo com Alessandra, o tema é relevante, porque sucessão não se faz de repente. “É preciso visão de longo prazo e ter um processo bem definido e estruturado para não ser pego de surpresa, até porque mortes, acidentes e separações podem ocorrer ao longo da vida”, explica.

Sobre a realidade da sucessão familiar no agro, Alessandra diz ter visto nos últimos dois anos, em contato com pessoas do setor, um maior interesse pelo assunto. “Talvez a primeira para a segunda geração está sentindo que não é fácil falar de sucessão. E as estatísticas mostram que apenas um pequeno percentual de famílias empresárias consegue ter continuidade após a terceira geração. A grande maioria quebra nessa geração. Tanto é verdade que o ditado ‘pai rico, filho nobre, neto pobre’ existe em todas as línguas”, reforça.

Já Fábio esclarece que é importante perguntar aos filhos se eles estão preparados para assumir os negócios dos pais. “É uma pergunta que precisa sim ser feita, já que imposição tira toda vontade da próxima geração. Ninguém nasce pronto. Há aqueles que têm nas veias o empreendedorismo. Esses, normalmente, se encaixam na primeira geração. Os demais, se quiserem seguir na mesma pegada, também precisam amar o que fazem”, avalia.

Alessandra e Fábio concordam que o maior desafio da sucessão familiar é acertar o lado emocional dos relacionamentos. “Muitas vezes usa-se apenas a razão: ‘tudo o que construí foi para vocês’. Mas nem sempre perguntam à próxima geração se eles tinham interesse no que foi construído. Esse tipo de comunicação tem de ser muito bem feito para que haja equilíbrio nas emoções”, pondera Fábio.

Fonte: Assessoria de Comunicação da COMIGO

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