Investimentos em agbiotechs têm crescido 30% ao ano no mundo
Segundo a análise dos investimentos globais em venture capital e o panorama do investimento das agtechs no Brasil, feitos pelo Radar Agtech 2022, as categorias que podem oferecer janelas de oportunidades para novos empreendedores do setor são: controle biológico e manejo integrado de pragas; e apicultura e polinização. De acordo com o levantamento, entre as principais tendências de mercado nos próximos anos, estão: insumos biológicos, agfintechs, marketplace para o agronegócio e as novas climatechs. Já atenta a esse cenário, a venture builder WBGI investiu nos últimos anos cerca de R$ 1 milhão em três agbiotechs – Ideelab, Demetra e Life.
As agbiotechs são empresas que realizam a produção e a comercialização de produtos biológicos – sejam eles vírus, fungos e bactérias, ou macrobiológicos, como vespas e ácaros – que colaboram para a maior produtividade e equilíbrio biológico no combate às pragas e doenças. Em 2021, segundo a AgFunder, essa categoria levantou no mundo US$ 2,6 bilhões, um crescimento de mais de 30% no volume investido frente ao ano anterior. “Apesar do crescimento no valor investido e o grande potencial desse mercado, ainda há poucas startups desse segmento no Brasil, configurando um grande gargalo entre oferta e demanda. Por isso já estamos investindo em biológicos há algum tempo”, explica Uriel Rotta, sócio da WBGI.
Segundo o Radar Agtech Brasil 2022, elaborado pela Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens, das 1.073 agtechs identificadas no país somente 36 são de insumos biológicos.
Agbiotechs
A Ideelab Biotecnologia é uma startup especializada na produção de insumos biológicos de terceira geração, que tem como foco os metabólitos liberados pelos micro-organismo durante o crescimento em biorreatores. Dessa forma, não se tem apenas a atividade benéfica do micro-organismo, mas também de várias moléculas. A agbiotech também desenvolve e produz insumos para parceiros comerciais.
A Demetra Agroscience desenvolveu um bioproduto inovador, com ação biofungicida, bioinseticida e biobactericida que controla simultaneamente a ferrugem, broca-do-café e mancha aureolada no café. Essa tecnologia também tem mostrado potencial para manejo de pragas e doenças em outras culturas.
Já a Life Biological Control é uma das startups mais recentes da WBGI e traz soluções inovadoras na área de controle biológico. Por meio do seu modelo inédito de franquias a startup pretende ampliar a utilização dos bioinsumos no país.
Com 15 startups em seu portfólio de negócios, a WBGI é uma venture builder focada no desenvolvimento e construção de negócios tecnológicos e de alto impacto na agricultura. Além dos investimentos nas agtechs, oferece suporte nas principais áreas de gestão de uma empresa como marketing, recursos humanos, finanças, processos, inteligência de mercado, jurídico e contabilidade.
Fonte: Flávia Romanelli | Ello Agronegócio