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Startups crescem no país e caminham para regulamentação própria

O empreendedorismo digital ganha cada vez mais força no país, porém, para as ideias seguirem adiante, os proprietários das startups esbarram em normas burocráticas, como qualquer outra empresa, mas sem especificações para essa modalidade. Para facilitar o surgimento e crescimento desse segmento, orientando o ambiente de negócios e facilitando o investimento em startups, os ministérios da Economia e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) realizaram até o mês de junho uma consulta pública sobre o Marco Legal de Startups e Empreendedorismo Inovador, que está em desenvolvimento pelo governo federal em parceria com representantes da iniciativa privada.

O Marco Legal das Startups representa uma série de regras para definir as normas e boas práticas do setor. A etapa de consulta pública foi concluída em 23 de junho, para, em seguida, apresentar uma proposta ao Congresso Nacional. Os brasileiros opinaram sobre o que precisa ser feito para o mercado de startups. O objetivo é identificar gargalos que impedem a criação, o crescimento, a expansão e a internacionalização dessas empresas.

As startups envolvem alto risco de investimento, então a legislação vigente precisa ser adaptada para a realidade desse segmento. A Perfect Flight, por exemplo, faz parte desse grupo de empresas e surgiu no final de 2015 com a proposta de oferecer um controle assertivo de monitoramento aéreo de defensivos agrícolas.

Como a ideia dos fundadores era inovadora e pioneira, teve grande receptividade do mercado, no entanto, Paulo Villela, executivo comercial da empresa, destaca que a regulamentação teria dado mais segurança no trabalho ao longo do caminho. “Com direcionamentos mais precisos, ganhamos força também na atração de investidores. Assim, aumentaríamos em volume a equipe comercial.”

O objetivo de jovens empreendedores que criam startups é fazer delas um negócio que entregue valor ao mercado e solucione problemas da sociedade. Para ampliar o alcance e a escalabilidade da empresa, receber o investimento de capital estrangeiro costuma ser uma das metas no segmento, uma vez que assim é possível ampliar o interesse do mercado por esse modelo de negócio. “Na Perfect Flight, nossa ideia é aumentar o impacto das nossas soluções. Vivemos em fase contínua de investimento, para alcançar o maior potencial e resolver questões de perdas econômicas, além de levar sustentabilidade para o agronegócio”, comenta Leonardo Luvezutti, gestor de operações da startup.

Em 2018, a Perfect Flight passou do primeiro milhão em seu faturamento anual. O gestor de operações da startup enfatiza que eles já começaram a chamar a devida atenção do mercado e seguem um caminho de expansão.  “Empresas e investidores nos procuram com frequência, por isso queremos estar cada vez mais estruturados para nos abrirmos para esse mercado de capital. As expectativas de crescimento são muito positivas em vários sentidos, envolvem desde novos contratos até as metas de dobrar o processamento de aplicações e ter mais força regional.”

Já o executivo comercial da startup acrescenta que a expectativa é cobrir mais da metade da área voada em cana-de açúcar do Brasil. “Também estamos sempre avaliando parcerias, para levar um pacote ainda mais completo aos agricultores. Sempre lançamos novidade dentro do nosso serviço”, afirma Paulo.

As conjunturas promissoras estimulam a abertura de novos empreendimentos e, atualmente, o Brasil contabiliza mais de 10 mil empresas no setor, segundo a Associação Brasileira das Startups (Abstartups). O cenário positivo atrai capital estrangeiro. Só no ano passado, fundos internacionais formados por grupos de investidores, os chamados venture capital, injetaram US$ 1,3 bilhão (R$ 5,1 bilhões) em diferentes startups, volume 51% superior ao de 2017, conforme dados da Associação Latino-americana de Private Equity e Venture Capital. O montante aplicado no Brasil representou 65% de todos os investimentos feitos na América Latina.

Fonte: Comtexto

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