Mercado está “acompanhando de perto” o clima da América do Sul.
A equipe de analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica acredita que o preço da soja pode se manter nos altos patamares registrado nesse ano, e vai além: “Sentimos que uma combinação de fatores de alta se desenvolveu – que poderia atuar como um trampolim para preços mais altos em 2023 – mesmo do nível já historicamente alto de US$ 15,00”.
Entre esses fatores, os especialistas apontam a queda do dólar norte-americano e a reabertura da China devem melhorar as perspectivas de exportação. Mencionam também “uma Argentina assolada pela seca” que pode reduzir substancialmente a safra sul-americana. Elencam ainda como fator altista uma economia resiliente, que pode evitar uma recessão – impulsionando todas as commodities. E, por fim, citam os estoques globais mais baixos em seis anos, que continuam a sustentar o mercado.
“A cotação de Março da soja teve um ótimo começo para o mercado desta semana, recuperando quase 40 centavos de dólar com a reabertura da China, a seca argentina e a explosão fria do Ártico dos EUA. Mas, infelizmente, o rali não se manteve, pois o mercado fechou nas suas mínimas – deixando um sinistro ‘pico de pico’! Mas hoje, o mercado retomou sua alta – subindo em direção aos máximos de seis meses marcados ontem”, comentam os analistas da TF.
Ainda de acordo com os especialistas, o mercado está “acompanhando de perto o clima da América do Sul e, enquanto o Brasil ainda está bem, a Argentina pode ter chances de chuva neste fim de semana”. Por outro lado, o farelo de soja está mais baixo, enquanto o óleo está mais alto, apesar do petróleo ter caído um dólar, mas o valor do grão moído ainda está $3,20/bushel acima do não triturado com base nos futuros de março.
Por: AGROLINK – Leonardo Gottems