Os principais contratos futuros tiveram mais um dia de perdas no mercado norte-americano da oleaginosa, com a preocupação pela demanda pressionando as cotações. “Espera-se menor consumo de farelo de soja para a indústria alimentícia, dadas as consequências do coronavírus. Por outro lado, dados negativos ligados às importações da China aumentaram o sentimento de baixa”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.
De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, foi mais um dia no qual o mercado agrícola se manteve sob “banho-maria”: “O volume de operações se mantém baixo, uma vez que o medo ainda paira sobre a especulação. O Fundo Monetário Internacional prevê que a redução do consumo mundial será moderada até 2021. Além do mais, o FMI já projeta uma contração de 3% no PIB global para 2020, representando uma redução de 6,4% desde a última atualização das estimativas, feitas em outubro de 2019. Entretanto, os mercados emergentes deverão sofrer uma queda econômica de apenas 1%”.
“Por outro lado, a organização espera uma recuperação acentuada em 2021 (crescimento de 5,8%), com a pressuposição do controle efetivo do COVID-19 – em outras palavras, necessitaremos da distribuição de uma vacina que previna o aumento da mortalidade. Nos Estados Unidos a safra de milho já iniciou com 3% já semeado até o momento. Apesar do atual ritmo se mostrar abaixo da média de 5 anos em 1%, a ARC alerta que a safra estadunidense está regular até o momento”, concluem os analistas da ARC Mercosul.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
Crédito: DP