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Soja deve ter mais um ano de preços altos

Os preços estão muito altos em relação à série história e tendem a voltar para seu leito natural

O fator que pesa no mercado neste momento é clima nos Estados Unidos, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. De acordo com a equipe de analistas, quando esse fator “acabar, entra o plantio brasileiro, mantendo a atenção sobre o clima. Com isto, fica muito difícil prever a tendência dos preços. O USDA WASDE (relatório de oferta e demanda) de agosto será fundamental”.

“Os preços estão muito altos em relação à série história e tendem a voltar para seu leito natural a médio e longo prazos, mas só depois que os estoques americanos retornarem para o seu nível histórico entre 10-15 milhões de toneladas, o que não deve acontecer na safra 2021/22, de modo que pode-se esperar mais um ano de preços elevados em Chicago”, aponta a TF.

Os analistas de mercado salientam que, por outro lado, a demanda chinesa está enfraquecida: “Estes dois fatores se completam e apontam mais para baixo do que para cima. O dólar brasileiro está projetado pelo Boletim Focus para não mais do que R$ 5,10 em dezembro”.

A TF Agroeconômica aponta ainda algumas dúvidas, como o “alcance das isenções e efeito na produção de biodiesel e no balanço da soja dos Estados Unidos”. “O USDA continuará fazendo ajustes nos estoques em 20/21?As estimativas de demanda para a safra 21/22 se manterão? O ritmo atual das exportações está desacelerando”, ponderam os especialistas.

Fatores de alta

*A produção da nova safra nos Estados Unidos permaneceria inalterada VS junho, assim como os estoques. Assim, a Oferta e o Consumo permaneceriam ajustados para a safra 2021/22 em 3,5%.

*Fundos aumentam 1,53 milhões de toneladas sua posição comprada líquida, embora tenham vendido parte disto nesta sexta-feira.

*O clima quente no solo norte-americano nesta semana pode continuar afetando as condições da safra e não atingir os rendimentos projetados, enquanto a condição se situa em 60%, abaixo do ano anterior e da média.

Fatores de baixa

*Preocupações com a demanda chinesa devido à queda nas margens da produção de suínos que pode reduzir o uso de farelo de soja, enquanto aumenta o trigo para ração animal.

*Vendas semanais fracas nos EUA. Já foi vendido 17,5% da campanha 21/22, atingindo os níveis de 20/21 depois de ter estado bem adiantado nas semanas anteriores.

*As projeções apontariam algumas chuvas nas áreas produtoras dos Estados Unidos para o início de agosto.

Fonte: Agrolink

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