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Soja busca estabilidade e testa ligeiros ganhos na Bolsa de Chicago nesta 4ª feira

Após duas sessões consecutivas, os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a buscar estabilidade e operam com pequenas altas na manhã desta quarta-feira (14). Os principais contratos subiam, por volta de 8h (horário de Brasília), perto de 2,50 pontos, com o novembro/16 cotado a US$ 9,46 e buscando de volta o patamar dos US$ 9,50 por bushel.

O mercado internacional vem buscando se estabelecer no novo quadro de oferta apresentado no início desta semana, quando o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou a nova safra americana em 114 milhões de toneladas.

E além dos fundamentos, a influência do financeiro global também tem sido maior nos últimos dias, principalmente com a movimentação do dólar e do petróleo. E nesta quarta, o dólar index passa a recuar ligeiramente após as fortes altas das sessões anteriores, bem como o petróleo tenta recuperar parte da despencada do início da semana. Em Nova York, a commodity valia US$ 45,06 por barril, subindo 0,33%.

Soja: Preços cedem no Brasil nesta 3ª feira com intenso recuo em Chicago anulando alta do dólar

A terça-feira (13) foi bastante negativa para os futuros do complexo soja na Bolsa de Chicago. Não só os preços do grão recuaram de forma expressiva, mas também os de farelo e óleo. O recuo, no caso dos três produtos, passou de 2% neste pregão entre os principais vencimentos. Assim, o contrato novembro/16 da soja em grão, o mais negociado neste momento e referência para a safra dos EUA, encerrou os negócios cotado a US$ 9,44 por bushel. Com esse recuo, os valores bateram em suas mínimas de duas semanas.

O mercado internacional deu continuidade às baixas registradas na sessão anterior, ainda terminando de digerir os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportados nesta segunda-feira (12), e que trouxeram a produção 2016/17 estimada em 114 milhões de toneladas, com uma produtividade recorde eperada para alcançar os 57,37 sacas por hectare.

Agravando o quadro para as baixas não só da soja, mas das commodities em geral – que também perderam mais de 1% somente no pregão desta terça – veio a alta do dólar frente à uma cesta de importantes moedas e também pesou severamente sobre os preços. No Brasil, a divisa passou dos R$ 3,30 com alta de mais de 2%. Ao mesmo tempo, os futuros do petróleo lideraram as baixas e encerraram o dia cedendo 3% na Bolsa de Nova York.

“As vendas foram baseadas em uma relação um tanto atrasada aos relatórios desta segunda, mais a pressão vinda da força do dólar”, disse o analista sênior da Price Futures Group Jack Scoville em entrevista ao site norte-americano Agriculture.com. Ao mesmo tempo, Scoville afirma ainda que será preciso acompanhar o desenvolvimento da colheita e então, na sequência, entender qual será o movimento dos preços, principalmente, frente à demanda que segue muito forte.

Ainda em seu boletim mensal de oferta e demanda, o USDA trouxe um aumento das exportações de soja dos EUA para pouco mais de 54 milhões de toneladas nessa nova temporada, bem como revisou para cima também sua estimativa para o esmagamento da oleaginosa em mais de 53 milhões de toneladas. Os números foram bem recebidos pelos traders, que ainda vêm nesse quadro o mais resistente suporte para as cotações, como explicam analistas de mercado.

“O mercado ficou bem técnico e até quebrou o suporte dos US$ 9,50, e encontrou um novo nos US$ 9,40. Mas, uma hora ou outra o mercado terá que corrigir esses patamares para atender os fundamentos da demanda”, afirma Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.

Preços no Brasil

No Brasil, o mercado da soja viu o dólar subir forte, porém, na maior parte das praças de comercialização os preços da soja voltaram a ceder, sentindo as baixas em Chicago pesarem de forma mais severa sobre os negócios. “Os números se anularam (dólar e Chicago). Não tivemos vendedores”, relata Brandalizze. A moeda norte-americana fechou a terça-feira com alta de 2,09 por cento, a R$ 3,31.

No interior do país, as baixas chegaram a passar, mais uma vez, de 2% em algumas praças como Panambi/RS. Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis/MT, ou em Itapeva/SP, onde caiu 4,52%. Nas localidades onde as baixas não foram registradas, as cotações permaneceram estáveis, como Jataí/GO, com R$ 74,00, ou Sorriso/MT, com R$ 71,00 por saca.

Para a soja nos portos, a terça-feira também foi negativa, com exceção do terminal de Paranaguá, onde as referências permaneceram estáveis em R$ 82,50 para o produto disponível e nos R$ 80,00 no mercado futuro. Já em Rio Grande, quedas de, respectivamente, 0,38% e 0,64%, para R$ 78,20 e R$ 78,00 por saca. Em Santos, queda de 0,62% para R$ 80,50 e em Imbituba, R$ 81,00.

Da safra 2015/16, ainda como explica o consultor, há apenas cerca de 7% de soja para ser comercializado e o produtor tem condições de reter esse volume e esperar por momentos um pouco mais oportunos. “O mercado é comprador e terá que pagar o que o produtor pede”, diz.

Já da nova safra, há mais de um mês, segundo relata Brandalizze, os negócios seguem travados, com os sojicultores brasileiros focados no início do plantio. “Os preços são bem menores do que os observados em maio e junho, quando os produtores fizeram um bom volume de negócios. Agora, eles vão esperar sua safra se consolidar pra saber o quanto podem vender a mais”, explica.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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