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Sobre a Cana… Clima, mercado e produção.

Chuva retarda fim de safra de cana no CS; produção de açúcar volta a cair

As chuvas em excesso nas últimas semanas têm retardado o encerramento da safra de cana 2018/19 no centro-sul do Brasil, reafirmou nesta terça-feira a associação da indústria Unica, destacando uma forte queda na produção de açúcar na primeira quinzena de novembro.

No período, apenas 31 usinas encerraram as atividades do ciclo vigente na principal região produtora de cana do país. A expectativa inicial era de que 79 terminassem os trabalhos.

“Como era esperado no último trimestre do ano, as intensas chuvas ocorridas em todos os Estados canavieiros promoveram redução no ritmo de colheita, além da postergação do término da safra em muitas unidades do centro-sul”, afirmou o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar, Antonio de Padua Rodrigues, em nota.

Anteriormente, havia a perspectiva de um encerramento precoce da colheita de cana no centro-sul em razão da menor disponibilidade de matéria-prima neste ano, mas a chuvarada observada a partir de outubro mudou esse cenário, uma vez que as colhedoras não conseguem executar seu trabalho quando o solo está muito encharcado.

Nos últimos 60 dias, as precipitações ficaram 146 milímetros acima da média histórica só em Ribeirão Preto (SP), principal polo produtor de cana do país, segundo dados do Agriculture Weather Dashboard.

Para a segunda quinzena do mês, os dados apurados pela Unica indicam que 104 unidades devem interromper as operações do ciclo 2018/19. Para o mês de dezembro, o levantamento aponta que 76 usinas irão permanecer processando cana.

A moagem de cana na primeira metade de novembro foi de 21,3 milhões de toneladas, queda de 9,2 por cento na comparação com igual período do ano passado, afirmou a Unica.

Produtos

As usinas do centro-sul seguem com foco na produção de etanol, em detrimento de açúcar, direcionando apenas 34 por cento da oferta de cana para a fabricação do adoçante na primeira quinzena de novembro, de acordo com a associação.

Com isso, foram produzidas 880 mil toneladas da commodity, queda de 30 por cento na comparação anual.

A de etanol, por sua vez, cresceu 1,4 por cento, para pouco mais de 1 bilhão de litros, puxada pelo álcool hidratado, que somou 725 milhões de litros (aumento de quase 20 por cento).

Desde o início da safra 2018/19 até 15 de novembro, a quantidade fabricada de açúcar totalizou 25,23 milhões de toneladas, recuo de 26,8 por cento quando comparada a igual período de 2017. Em sentido inverso, a produção de etanol acumula alta de 19,4 por cento, alcançando 28,34 bilhões de litros.

A Unica afirmou ainda que o volume total de etanol comercializado pelas unidades do centro-sul somou 1,28 bilhão de litros nos primeiros 15 dias de novembro (alta de 15,4 por cento), sendo 56,8 milhões destinados à exportação e 1,22 bilhão ao mercado doméstico. Internamente, as vendas de hidratado cresceram mais de 30 por cento no período, para 902,1 milhões de litros.

Fonte: Reuters

Açúcar tem ligeira valorização nas bolsas internacionais

Os contratos futuros do açúcar valorizaram na segunda-feira (26) em Nova York e Londres. Na bolsa americana, os contratos com vencimento para março/19 foram firmados em 12.48 centavos de dólar por libra-peso, alta de 1 ponto. Na tela maio/19 os papéis fecharam em 12.61 centavos de dólar por libra-peso, alta de 3 pontos. Os demais vencimentos subiram entre 1 e 2 pontos cada.

Em Londres os contratos para março/19 fecharam em US$ 339,00 a tonelada, valorização de 1,30 dólar. Os contratos com vencimento para maio/19 foram firmados em US$ 342,70 a tonelada, alta de 1,20 dólar.

São Paulo

Na segunda-feira (26), o indicador Cepea/Esalq para o açúcar cristal, estado de São Paulo, fechou em R$ 69,15/saca de 50 kg, valorização diária de 1,51%.

Etanol

Pelo índice Esalq/BM&F o etanol hidratado fechou em baixa nesta segunda-feira. O metro cúbico do biocombustível foi vendido a R$ 1.695,00, desvalorização de 0,32% no comparativo com a sexta-feira.

Fonte: Udop

Brasil assume meta para reduzir 144 mil toneladas de açúcar até 2022

O Brasil quer reduzir 144 mil toneladas de açúcar de bolos, misturas para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados. O acordo foi assinado nesta segunda-feira (26/11) pelo ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e os presidentes de associações do setor produtivo de alimentos. Ao estabelecer a meta até 2022, o Brasil se destaca como um dos primeiros países do mundo a buscar a diminuição do açúcar nos alimentos industrializados. O acordo segue o mesmo parâmetro do feito para a redução do sódio, que foi capaz de retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.

“O acordo vai ajudar a melhorar a conscientização da população na busca de alimentos mais saudáveis. O apoio da indústria na redução do açúcar permitirá que população busque uma vida mais saudável e tenha menos problemas de doenças que possam ser evitadas. É importante que nós tenhamos avanços dessa natureza”, destacou o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.

O monitoramento da redução será feito a cada dois anos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo a primeira análise no final de 2020. Fazem parte do acordo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (ABIR), a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (ABIMAPI) e a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos).

Para estabelecer as metas das cinco categorias de alimentos, o Ministério da Saúde analisou critérios que envolvem desde o consumo e distribuição dos teores de açúcar dos alimentos até a necessidade de redução dos níveis máximos do alimento; queda dos teores de açúcares livres não resultantes em aumento no valor energético e de adição ou substituição por adoçantes, além do percentual de produtos a serem reformulados para atingirem à meta.

Considerando os produtos com maior quantidade de açúcar, os biscoitos e produtos lácteos terão os maiores percentuais de meta para redução do alimento, com a meta de retirar 62,4% e 53,9% de açúcar da composição, respectivamente. Para bolos, a meta é de até 32,4% e para as misturas para bolos, até 46,1% do teor de açúcar. Já os achocolatados, tem a meta de cair até 10,5% e as bebidas açucaradas até 33,8%.

“Nós não temos a menor dúvida, que isso é fundamental. Temos que controlar fortemente as doenças crônicas não transmissíveis, principalmente hipertensão e diabetes. Com isso, vamos contribuir para uma saúde melhor para os brasileiros”, ressaltou o secretário de Atenção à Saúde, Francisco Assis.

Os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que, por dia, cada brasileiro, consome em média 18 colheres de chá do produto (o que corresponde a 80g de açúcar/dia), quando o recomendado seria até 12. Desse total, 64% corresponde à açúcares adicionados, aquela colherzinha a mais que você coloca nos alimentos. O restante do consumo é o açúcar presente nos alimentos industrializados.

O alto de açúcar já impacta no aumento de doenças crônicas não-transmissíveis. Na última década, o diabetes cresceu 54% nos homens e 28,5% nas mulheres. Outra doença que tem crescido entre os brasileiros, e que está relacionada com o alto consumo de açúcar, é a obesidade. A condição clínica subiu mais de 60%.

Fonte: Udop

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