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Setor está perdendo a briga contra a broca-da-cana

Diversas pragas atacam a cana-de-açúcar, porém a broca-da-cana (Diatraeasaccharalis) chama atenção por dois motivos principais. O primeiro é sua ampla distribuição pelo país, atingindo as principais regiões produtoras. São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás compartilham o topo no ranking dos estados mais afetados, com Índicesde Infestação Final (I.I.F) variando de 4% a 6%. Em seguida, aparecem Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com I.I.F na ordem de 2%.

A gravidade de seus danos é o segundo motivo pelo qual a broca chama atenção. Quando jovem, a lagarta se alimenta das folhas para depois penetrar pelas partes mais moles do colmo. Nesse momento, ela abre galerias de baixo para cima – longitudinais ou transversais -, que podem ocasionar perda de peso, morte da gema apical, enraizamento aéreo, germinação das gemas laterais e tombamento.

Em canas novas, a broca pode causar também o secamento dos ponteiros e morte da planta (dano conhecido como “coração morto”). Além disso, os orifícios criados pela broca funcionam como porta de entrada de microrganismos – fungos e bactérias -, que geram impactos negativos no rendimento industrial e também sobre a qualidade do produto final. Prova de que os prejuízos causados pela praga vão muito além do canavial.

O engenheiro agrônomo José Francisco Garcia, diretor da Global Cana – Soluções Entomológicas, alerta para altos danos causados pela praga e para o fato de que apenas um terço do mercado adota algum método de controle. “Os campos que temos encontrado pelo Centro-Sul geram desconforto, tamanho os níveis de infestação. É um parâmetro fundamental para confirmar que estamos perdendo essa luta. Nosso principal desafio para os próximos anos é mudar esse cenário. Provar para o produtor que o controle, além de extremamente necessário, é sim economicamente viável.”

Fonte: CanaOnline

Crédito: Domínio Público/Pixabay

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