Como advertiram as Confederações Rurais Argentinas (CRA) em várias oportunidades, o ano de 2016 segue sem debate, tratamento e nem ao mesmo sanção de uma nova Lei de Sementes que supere a vigente no país.
“Com produtores que já começaram o plantio de soja correspondente à safra 2016/17, o comércio de grãos será um verdadeiro caos dentro de um contexto de colheita que poderia chegar a ser recorde quanto à produção”, disse a entidade, por meio de um comunicado.
“Sem lei que supere a atual e fundamentalmente sem que algumas das partes envolvidas estejam dispostas a ceder e negociar para alcançar um mercado transparente e competitivo de sementes que permita a inovação tecnológica, os produtores agropecuários seguirão nesta nova safra encerrados dentro do questionado sistema ‘Bolsatech’*, que torna vulneráveis os usos e os costumes tradicionais da comercialização de grãos”, adicionou.
O CRA ainda aponta que, ao longo do ano, foi perdida a oportunidade de criar bases para que os produtores, a indústria de sementes e o Estado Nacional desenhassem e aprovassem um marco legal e de fiscalização modernos que permitisse incrementar de formar sustentável um mercado competitivo e transparente de sementes, além da pesquisa, do desenvolvimento e do emprego.
*O Bolsatech é um sistema alternativo criado para evitar o débito automático de royalities implementadas pela soja da Monsanto. Na Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), ele detecta a presença da Intacta RR2 PRO em uma comercialização de soja e emite um certificado para enviar à Monsanto, para que a empresa reivindique o pagamento de royalities ao produtor.
Com informações do Infocampo.com.ar
