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Seguro pecuário fortalece Brasil frente a tensões no mercado internacional de carne

O Brasil possui cerca de nove vezes mais animais de abate do que habitantes, de acordo com o IBGE: são 220 milhões de pessoas e quase 1,9 bilhão de bovinos, suínos e aves. Esse dado revela a força da pecuária nacional, mas também a necessidade de instrumentos que garantam sua proteção. É nesse contexto que o seguro pecuário desponta como peça estratégica no campo.

Segundo levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a modalidade registrou um avanço de 653,5% entre 2021 e 2024, com arrecadação saltando de R$ 46,9 milhões para R$ 170,3 milhões. Apenas nos primeiros cinco meses de 2025, o mercado já movimentou R$ 65 milhões.

Para Romário Alves, CEO e fundador da Sonhagro, a expansão revela uma mudança de mentalidade no campo. “O seguro pecuário deixa de ser visto como custo e passa a ser entendido como investimento. Em um momento em que o produtor lida com riscos climáticos, pressões internacionais e volatilidade de preços, a apólice garante acesso ao crédito, segurança para investir e continuidade da produção”, avalia.

O produto oferece coberturas que vão desde mortes por doenças, acidentes e complicações reprodutivas, até eventos como raio, intoxicação e picadas de animais peçonhentos. Além de proteger diretamente o pecuarista, fortalece a economia do setor, especialmente em tempos de incertezas no comércio exterior, como a tarifa de 50% sobre a carne brasileira recentemente anunciada pelos Estados Unidos.

O crescimento do seguro pecuário reflete um cenário em que mudanças climáticas, pressão por sustentabilidade e exigências internacionais tornam inevitável a adoção de novas práticas de gestão de risco. Para especialistas, sua consolidação pode significar não apenas a continuidade da produção, mas também maior previsibilidade econômica e menos dependência de socorros estatais em momentos de crise.

Fonte: Kaísa Romagnoli

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