A segunda safra vem ganhando cada vez mais importância na estratégia agrícola brasileira. Segundo a previsão da Conab divulgada nesta terça-feira (14), a produção de milho deve apresentar crescimento na temporada 2024/2025, com estimativa de 119,6 milhões de toneladas do grão na soma das três safras do cereal, 3,3% acima da temporada anterior. A safrinha, como também é chamada a segunda safra do milho, é responsável por aproximadamente 80% deste total.
No algodão, a área de cultivo deve chegar a 2 milhões de hectares plantados, com produção estimada de 3,7 milhões de toneladas da pluma, sendo a maior parte produzida na segunda safra.
Para aproveitar o máximo potencial produtivo de cada cultivo, o produtor precisa ficar atento a diversos fatores. Para Sérgio Zambon, gerente de Desenvolvimento de Tecnologias Brasil da BASF Soluções para Agricultura, uma segunda safra de sucesso começa ainda no cultivo anterior.
“É importante um manejo adequado da safra que antecede o plantio, para evitar altas infestações de pragas como nematoides, mosca branca e percevejo além da mancha alvo no cultivo do algodão de segunda safra. Em seguida, é necessário um planejamento para todas as necessidades do cultivo da safrinha, fertilizantes, defensivos, um bom tratamento de sementes, pensar no armazenamento da colheita, capacitação da mão de obra, etc.”, comenta Zambon.
De acordo com o especialista, é fundamental semear na melhor janela de plantio e escolher sementes certificadas, de alta produtividade, tratadas, com resistência às principais ameaças e adaptadas ao clima e às necessidades de cada região.
Também é importante ter atenção ao manejo de pragas, doenças e plantas daninhas para evitar perdas de rendimento, além de complicações no cultivo do ciclo subsequente. Veja mais dicas do especialista da BASF:
- Realizar o combate da cigarrinha do milho logo cedo, com produtos eficientes, sendo as primeiras aplicações as mais importantes.
- Escolher produtos de alta qualidade e eficiência, além de fazer a rotação dos inseticidas, fungicidas e herbicidas, com diferentes mecanismos de ação, para postergar ao máximo o aparecimento de resistência das pragas.
- Usar fungicidas de forma preventiva, com adição dos chamados fungicidas multissítios em todas as aplicações, para ampliar o espectro de ação e proteger a produtividade.
- Se necessário, escolher cultivares geneticamente modificados, que facilitem o controle de plantas infestantes, pragas e doenças e sejam resistentes ou tolerantes aos nematoides, tudo para ter um final de segunda safra “no limpo” e evitar problemas no ciclo posterior.
No cultivo do algodão, é importante ter atenção também em relação crescimento demasiado das plantas.
“O algodão, sendo uma planta perene, tende a crescer bastante em sua fase vegetativa, o que pode prejudicar o cultivo. Os reguladores de crescimento ajudam a controlar o desenvolvimento do algodoeiro, evitando que cresçam excessivamente. Isso favorece as operações de manejo fitossanitário e colheita, direciona os fotoassimilados produzidos pelas plantas para maior produtividade e resistência, e contribui para maior produção de fibras mais finas e longas, o que pode aumentar o valor do produto no mercado”, finaliza Zambon.
A BASF tem um portfólio completo de soluções para apoiar o produtor rural em todas as etapas da segunda safra, do plantio à colheita, com sementes, tratamentos de sementes, fungicidas, herbicidas, inseticidas e reguladores de crescimento para o manejo dos principais cultivos. Recentemente, foram lançadas duas variedades de algodão FiberMax® com a exclusiva tecnologia Sistema Seletio™, especialmente desenvolvida visando o controle de plantas daninhas de difícil combate no Brasil, como o pé-de-galinha (Eleusine indica), além de resistências a ramulária e aos nematoides de M. incognita e R. reniformis.
Na agricultura digital, a BASF também oferece soluções para apoiar o produtor rural em diferentes etapas do ciclo, por meio do xarvio® Digital Farming Solutions, a marca global de agricultura digital da empresa. No início da safrinha, a solução Gestão Nutricional do Talhão oferece uma alternativa eficiente para análise do solo, permitindo até 77% de economia, com a mesma eficácia agronômica da análise tradicional.
No momento do plantio, os Mapas de Semeadura facilitam o plantio em taxa variável, que pode gerar um aumento de produtividade de 5,4% no milho e até 6,4% no algodão, quando utilizada em conjunto com a recomendação de FiberMax®.
Na manutenção do ciclo, o mapeamento digital de plantas daninhas facilita o manejo da lavoura, com um controle mais preciso e sustentável dos focos de invasoras, alcançando em média 60% de otimização de insumos e recursos, como a água.
Fonte: Lucas Tranquilin