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Secagem de vacas leiteiras: Importância e o que é preciso saber?

A fase de secagem representa um período fisiológico fundamental na vida da vaca leiteira, caracterizada pela interrupção da lactação. Este momento não apenas possibilita a regeneração da glândula mamária, mas também é decisivo para a saúde do úbere e para o desempenho produtivo na próxima lactação. Assim, um manejo técnico adequado durante a secagem é indispensável para garantir o sucesso produtivo e sanitário do rebanho.

“Durante a lactação, a glândula mamária está suscetível a lesões e infecções, especialmente mastites por agentes bacterianos. O período seco funciona como um intervalo fisiológico que permite a reparação dos tecidos e a eliminação de agentes patogênicos ativos, desde que a secagem seja conduzida de forma apropriada”, detalha Marcos Malacco, gerente de serviços veterinários da Ceva Saúde Animal

Ao cessar a produção de leite, a redução da pressão interna no úbere determinada pelo leite produzido, permite a formação do tampão de queratina no canal do teto, atuando como barreira física contra a entrada de microrganismos. Porém, a pressão intramamária determinada pela produção de leite ainda em curso e ausência de ordenhas, leva a desconforto nas vacas e força o canal do teto, proporcionando sua abertura e vazamentos de leite além de fornecer oportunidade para invasão da glândula mamária por microrganismos, favorecendo a ocorrência de infecções..

Com relação aos métodos de secagem empregados, há duas formas: a Secagem Gradual e a Secagem Abrupta. A primeira se caracteriza por algumas técnicas que buscam a redução gradual da produção leiteira como a mudança de lote para as vacas que serão secas, redução na frequência de ordenhas diárias e restrição alimentar. No entanto, estas práticas podem gerar alterações na rotina das vacas e estresse, o que pode contribuir para redução da imunidade geral, incluindo na glândula mamária.

“Adicionalmente, no método de secagem gradual, a alteração no regime da dieta e a transferência da vaca para um outro lote podem gerar desequilíbrios metabólicos e comportamentais. A vaca é um animal metódico e socialmente organizado, e mudanças no manejo são reconhecidamente fatores de estresse que impactam negativamente seu sistema imunológico”, reforça Malacco.

O outro método, denominado secagem abrupta, permite o aproveitamento máximo do potencial de produção das vacas. Este método vem sendo cada vez mais empregado e consiste na interrupção das ordenhas no dia determinado para a secagem sem manejos adicionais.

Fisiologicamente, a produção de leite é estimulada pela prolactina, hormônio responsável pela manutenção da lactação. Para que a secagem ocorra de forma eficiente, é necessário reduzir os níveis circulantes de prolactina, promovendo a queda na síntese do leite. “Uma secagem eficiente ocorre quando essa redução é feita empregando-se ferramentas que auxiliem a rápida queda na secreção da prolactina e consequentemente da produção de leite. Isso leva à redução na pressão interna do úbere, evitando pressão sobre o canal do teto, sua abertura e vazamentos de leite e permitindo a formação do tampão de queratina, minimizando riscos de infecções”, afirma o profissional.

Estudos demonstram que o manejo correto da secagem reduz significativamente a ocorrência de mastites clínicas e subclínicas no período seco e na lactação seguinte, além de contribuir para a redução da CCS e da incidência de descartes precoces.

Além disso, uma secagem bem conduzida otimiza a regeneração da glândula mamária, favorecendo a qualidade do leite e o volume produzido na próxima lactação. A manutenção do conforto animal e a minimização do estresse durante esta fase também têm papel crítico, uma vez que o estresse compromete o sistema imune e pode retardar a recuperação funcional do úbere.

Na secagem abrupta, tecnologias farmacológicas têm sido exploradas como alternativa para promover uma secagem rápida e com maior segurança. Essas soluções permitem uma secagem mais tranquila, sem alterações significativas no manejo, sem necessidade de restrição alimentar e promovem melhor bem-estar.

Um exemplo desse tipo de inovação é a Cabergolina, princípio ativo do Velactis®. Sua administração em dose única no momento da última ordenha no dia da secagem, reduz a secreção da prolactina e, consequentemente, a da produção de leite. Com isso, há menor pressão interna no úbere, menos vazamentos de leite, menos dor na glândula mamária não ordenhada e maior conforto e bem-estar. Esta característica auxilia na redução do estresse, pode favorecer a maior saúde no úbere e maior produção de leite na lactação seguinte, conforme estudos de campo relacionados à redução da mastite e aumento da produção na lactação seguinte. Velactis® possibilitou o conceito de Secagem Inteligente, pois permite explorar o máximo potencial produtivo das vacas leiteiras a serem secas, promove mais bem-estar, não necessita de alterações na rotina dos animais e nem no manejo, facilitando o processo. 

Como visto, a secagem é uma fase estratégica, com impacto direto sobre saúde, bem-estar e produção futura do rebanho.

A Secagem Inteligente, com o apoio de tecnologias como o Velactis®, traz uma nova perspectiva para essa etapa: mais controle, mais produtividade e mais bem-estar. Trata-se de um investimento que se paga em saúde do rebanho, redução de perdas e mais leite produzido na próxima lactação.

Fonte: Gisele Assis

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