Pela primeira vez na história, a safra agrícola brasileira produziu acima de 300 milhões de toneladas. Os números são do IBGE, que confirma o recorde na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas – um salto de 19% em relação a 2022, ou mais de 50 milhões de toneladas. O Brasil também está prestes a desbancar os EUA do topo das exportações globais de algodão e, ainda, superou este país passando a ser o maior exportador global de milho neste ano.
O plantio para a safra 2023/2024 está no início, mas a expectativa é que ocorram novos recordes na produção de soja. Projeções iniciais da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) revelam que a soja terá um aumento de 40% nas exportações do setor. Os números demonstram como os produtores conseguiram enfrentar os desafios provocados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia. Entre as safras de 2019/2020 e 2022/2023, houve um crescimento de 25%.
O Agronegócio Estrondo, no Oeste da Bahia, também avançou com sua produção e, consequentemente, as exportações. Na última safra, colheu cerca de 165 mil toneladas de soja e 3 milhões de arrobas de algodão. O investimento em tecnologia, especialmente na implantação de internet com fibra óptica para facilitar a comunicação entre as fazendas, além da ampliação do uso de técnicas como plantio direto, colaborou para o fortalecimento do setor de agronegócio no Brasil.
Segundo a Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão), os produtores do Oeste da Bahia deverão colher cerca de 592,4 mil hectares de pluma de algodão na safra 2022/2023. “Do ponto de vista agronômico, o ciclo pode ser considerado muito bom. O clima ajudou e, com o bom controle de pragas e doenças, a produtividade certamente vai se confirmar”, disse o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi.
Fonte: Luiza Oliveira Azevedo