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Registros de bioinsumos revelam avanço de novas cepas e tendências genéticas na agricultura

Levantamento recente dos pedidos de registro protocolados em 2025 no Ministério da Agricultura (Mapa), mostra que que o mercado brasileiro de biotecnologia agrícola vive um momento de consolidação e, ao mesmo tempo, de transformação silenciosa. Os dados mostram que, embora o número de registros siga crescendo, as formulações ainda se concentram em um grupo de microrganismos tradicionais, responsáveis por grande parte dos produtos biológicos atualmente disponíveis no país.

“Os números indicam que as empresas seguem investindo nos microrganismos consolidados, mas estamos observando um novo movimento”, analisa Michelle Zibetti Tadra, CEO da GoGenetic, empresa referência em análises genéticas aplicadas ao agronegócio.

Michelle explica que os fungos Beauveria bassiana (24,7%), Trichoderma harzianum (18,3%) e Metarhizium anisopliae (11,8%) ainda lideram os registros — microrganismos tradicionais que sustentam o controle biológico e o manejo sustentável de pragas e doenças agrícolas no país.Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae são potentes inseticidas microbiológicos, amplamente utilizados no controle de mosca-branca, cigarrinhas e broca-do-café.Já Trichoderma harzianum atua como fungicida microbiológico e promotor de crescimento vegetal, favorecendo a colonização de raízes e o equilíbrio do solo.

“Percebemos que, nos últimos meses, cresceu muito a procura das empresas por análises de identificação genética de microrganismos específicos, cepas únicas e exclusividades nas soluções. Nas áreas de P&D, há um movimento consistente de busca por novas tecnologias, novos microrganismos e cepas exclusivas para o desenvolvimento de produtos diferenciados”, completa Michelle. As indicações de uso mais recorrentes nos registros concentram-se em pragas de grande impacto econômico, como mosca-branca, Sclerotinia, Bemisia e mofo-branco. A redação mais comum — “em todas as culturas com ocorrência do alvo biológico” — mostra que as empresas buscam produtos de amplo espectro, capazes de atender a diferentes sistemas produtivos com uma única formulação.

Um futuro voltado à inovação e às cepas exclusivas

O avanço tecnológico e o amadurecimento da biotecnologia aplicada à agricultura estão impulsionando um novo ciclo de inovação. Para Michelle, o futuro dos bioinsumos passa pela genética e pela personalização. “As empresas querem compreender profundamente seus microrganismos e garantir exclusividade nas cepas que utilizam. Esse é o caminho para o desenvolvimento de produtos mais eficientes, estáveis e sustentáveis”, diz.

A CEO da GoGenetic acrescenta: “O que hoje ainda é um movimento restrito às áreas de pesquisa e desenvolvimento deve, em pouco tempo, se tornar a nova realidade do setor. Veremos um crescimento expressivo no número de registros com novos microrganismos e consórcios biológicos, voltados não apenas ao controle pontual de pragas, mas à reconstrução do equilíbrio microbiológico do solo.”

GoGenetic: nove anos de apoio à inovação biológica

Com nove anos de atuação, a GoGenetic é referência nacional em análises genéticas aplicadas ao agronegócio, auxiliando indústrias e centros de pesquisa no desenvolvimento, validação e controle de qualidade de bioinsumos. A empresa atua com qPCR, sequenciamento genético e metagenômica de solo, permitindo que cada produto biológico seja lançado com identidade genética comprovada e rastreabilidade científica.

“Nossa missão é ser a ponte entre a biotecnologia e a agricultura sustentável. Acreditamos que o futuro da produtividade agrícola está na genética — e é por meio dela que construiremos as soluções mais inovadoras e revolucionárias para o campo”, conclui Michelle.

Fonte: Élcio Ramos

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