Presente em roupas, alimentos, hospitais, obras de infraestrutura e até em tecnologias médicas e aeroespaciais, o plástico é um dos materiais mais versáteis e indispensáveis da vida moderna. No entanto, sua durabilidade, que garante segurança e eficiência em tantas aplicações, se transforma em problema quando descartado de forma incorreta. Estima-se que milhões de toneladas de resíduos plásticos ainda acabam em rios, mares e lixões todos os anos, agravando os impactos ambientais e acelerando as mudanças climáticas.
Amanhã, 17 de maio, é celebrado o Dia Mundial da Reciclagem, uma data criada pela Unesco para incentivar governos, empresas e cidadãos a repensarem o descarte de resíduos e a adotarem práticas de reaproveitamento de materiais. Diante desse cenário, exemplos concretos de transformação dentro da indústria brasileira começam a surgir e merecem destaque — como o caso da Maximu’s Embalagens Especiais.
Especializada na produção de embalagens plásticas para os setores automotivo, hospitalar e eletrônico, a empresa, com sede em Ribeirão Pires (SP), implementou um processo interno de reciclagem que já reintegrou mais de 600 toneladas de plástico à cadeia produtiva desde 2021.
Para isso, foram investidos mais de R$ 1 milhão na aquisição e instalação de uma extrusora recicladora, que viabiliza a logística reversa dentro da própria fábrica. O resultado é a transformação de aparas plásticas em novos produtos, como plástico bolha e materiais de proteção.
“Ainda existe uma percepção de que o plástico é o grande vilão ambiental, mas ele não chega aos oceanos sozinho — existe uma responsabilidade humana nesse caminho. Nosso objetivo é mostrar que é possível produzir de forma mais consciente e com menor impacto ambiental. E não se trata apenas de economia — é uma mudança de cultura. Nós entendemos que o futuro da indústria passa pela sustentabilidade”, explica o CEO da Maximu’s Embalagens Especiais, Márcio Grazino.
O equipamento tem capacidade mensal para reciclar até 22 toneladas de resíduos plásticos, e seu funcionamento é totalmente digital, permitindo o controle preciso da operação e o aumento da eficiência produtiva. Antes dessa iniciativa, as sobras eram vendidas como sucata, e muitas vezes retornavam à empresa com qualidade inferior e alto custo logístico. Hoje, o ciclo completo de reaproveitamento leva cerca de 24 horas, com ganho ambiental e operacional.
Além da reciclagem interna, a Maximu’s já planeja novas etapas para seu plano de sustentabilidade: entre elas, a adoção de insumos biodegradáveis e a instalação de painéis solares para operar com energia 100% limpa e renovável.
“Em tempos em que os impactos da crise climática se tornam mais evidentes e urgentes, iniciativas como essa apontam para um modelo produtivo mais responsável, no qual a reciclagem e a economia circular deixam de ser exceção e passam a ser a regra”, enfatiza o diretor.
Fonte: Predicado <gabriela=