Os bioinsumos são cada vez mais utilizados na agricultura brasileira. Segundo dados da Croplife Brasil, os produtos biológicos atingem atualmente cerca de 25% das áreas cultivadas no Brasil – em 2016, somente 3% usavam esse tipo de manejo. Essa ampliação se sustenta nos resultados alcançados pelos produtores, nas mais diferentes culturas onde esses produtos são empregados.
De acordo com a diretora executiva da Andrios Consultoria, Cristiane Andreote, com a utilização dos produtos biológicos, observam-se em plantas de ciclo anual aumento entre 5 e 10% de produtividade. “Além disso, em cultivos perenes, como o café, ocorrem expressivas melhorias no rendimento e na qualidade final do produto”, explica.
A preocupação com a qualidade biológica do solo é a nova revolução da biotecnologia agrícola, no entanto, ainda é um grande desafio aliar essa inovação com os usos dos solos ao longo dos anos de cultivo. “Por isso, além das estratégias de manejo, como por exemplo, diversificação de culturas, surgem inovações tecnológicas que se destacam no mercado, trazendo soluções para problemas e limitações biológicas dos solos cultivados”, orienta o professor da Esalq/USP, Fernando Andreote.
Segundo Andreote, o que era antigamente apenas relacionado à inoculação de sementes de soja – consolidada e de eficiência inquestionável -, hoje apresenta diversas tecnologias, passando por uma maior gama de inoculantes, pelos biodefensivos, e chegando ao emprego de produtos conhecidos como condicionadores biológicos de solos. “Ao passo que os inoculantes e biodefensivos exploram potencialidades de grupos microbianos específicos, os condicionadores biológicos, que ainda podem ser classificados como ativadores ou repositores, tem como proposta uma melhor organização e funcionalidade da comunidade microbiana presente nos solos cultivados”, esclarece o professor.
Para auxiliar o agricultor na recomposição da microbiota do solo, a Andrios presta assessoria na área de biológicos, atuando desde o desenvolvimento e posicionamento de produtos junto as empresas, além de realizar um trabalho de disseminação das informações sobre as funções e mensurações da microbiologia do solo na agricultura. “Vale destacar que quanto mais se conhece sobre a biologia do solo e as tecnologias que nos permitem seu melhor manejo, mais eficiente será o processo de produção. Sem dúvida alguma, a importância dos produtos biológicos rompe barreiras das áreas de produção e surgem no mercado com um potencial muito grande a ser explorado”, finaliza Cristiane.
Fonte: Ello Agronegócios