Depois de muitas negociações, envolvendo instituições financeiras, cooperativa de crédito, Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Codevasf e Distrito de Irrigação Nilo Coelho, o Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), conseguiu a liberação de recursos da ordem de R$ 900 milhões em operações de custeio e investimentos para safra 24/25.
Segundo o presidente do SPR, Jailson Lira, os produtores, principalmente aqueles dos perímetros irrigados Senador Nilo Coelho, Maria Thereza e Projeto Pontal, não estavam conseguindo acessar empréstimos bancários devido a sobreposição de unidades de conservação e proteção ambiental no Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Um grave problema que estava afetando diretamente o desenvolvimento do agronegócio na região”, ressaltou.
O movimento dos produtores, que mobilizou representantes políticos da região, a exemplo do deputado federal, Fernando Filho e do presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, realizou entendimentos com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), com a diretoria da Codevasf, em Brasília-DF, diretoria do Banco do Brasil e com o Sicor (Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro), do Banco do Nordeste e Banco Central do Brasil, que foram imprescindíveis para a resolução do problema.
O gerente do Banco do Brasil Petrolina, Verlândio de Souza, adiantou, que está operando com normalidade. “Desde o final do mês passado, após a Portaria 5158, já atendemos a mais de 80 produtores, com custeio e investimento para compra de insumos, implantação de parreiras, pomares de mangas, abacate, banana e outros culturas. Estamos com recursos para atender todos os produtores do pequeno ao grande”, frisou.
O Banco do Nordeste também já regularizou as contratações desde a semana passada. “Temos crédito em todos os portes para novas operações de investimentos e custeio agrícola. Nossos consultores estão aguardando os produtores para liberação de novas contratações”, anunciou o gerente Geral do Banco do Nordeste, em Petrolina, Manoel Felipe.
Fonte: Carlos Laerte Agra de Sá