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Produção sustentável de algodão no Oeste da Bahia ganha destaque em missão internacional

Uma comitiva internacional, formada por representantes do setor têxtil global e de organizações ambientais internacionais, visitou o Oeste da Bahia, em 23 de julho, para conhecer de perto o modelo sustentável de produção de algodão na região. Com apoio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a ação integrou o terceiro dia do Brazilian Cotton Dialogues, iniciativa promovida pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do programa Cotton Brazil. Durante a programação, os participantes visitaram duas propriedades do Grupo Franciosi e o Centro de Análise de Fibras da Abapa, e avaliaram positivamente o sistema de irrigação baiano e a estrutura tecnológica utilizada na classificação da fibra.

Formado por representantes da International Textile Manufacturers Federation (ITMF), da Better Cotton (BC) e da IDH Trade, além de executivos de grandes marcas e grupos têxteis globais, como IKEA, Premier Mills, Lacoste, Karsu e Glossy Impex, e representantes da Abrapa, o grupo iniciou sua viagem pelo Brasil no dia 20 de julho, passando por outros estados antes de chegar à Bahia. “A visita ao Oeste baiano foi uma oportunidade para mostrar, na prática, como o produtor baiano adota as boas práticas agrícolas, respeitando as normas ambientais e utilizando tecnologias de irrigação eficientes”, destacou Douglas Orth, vice-presidente da Abapa.

A Bahia é líder na utilização da irrigação na cotonicultura no Brasil, especialmente naquela região. A gestão hídrica responsável e o monitoramento constante desses recursos contribuem para a sustentabilidade na produção de algodão. “Muitos visitantes nunca tinham visto um sistema de irrigação, nem conheciam a realidade produtiva da nossa região. A imagem que fica é a de um setor comprometido com o meio ambiente”, completou Orth.

Quem esteve na Bahia pela primeira vez elogiou o que viu. “Com as evidências que tivemos, posso afirmar que existem bases sólidas e as melhores práticas sendo aplicadas, capazes de atender às exigências dos clientes imediatos e de toda a cadeia de abastecimento. Além disso, gostaria de parabenizar a todos pelo mecanismo de avaliação da qualidade do algodão. É notável a capacidade que vocês possuem para garantir esse controle”, afirmou Adolfo Lopes, diretor das Américas para Sustentabilidade e Gestão de Fornecedores da Lacoste.

Sustentabilidade no campo

Na Fazenda Santana, localizada em Riachão das Neves, os visitantes conheceram o sistema de irrigação que permite a produção de até duas safras por ano, além de um ciclo com plantas de cobertura — prática que contribui para a saúde do solo e o equilíbrio ambiental. A qualidade da água utilizada chamou a atenção da comitiva, que provou da água limpa e potável captada na fazenda, a convite da produtora Ana Paula Franciosi, que também integra a diretoria da Abapa.

“Mostramos como conseguimos equilibrar alta produtividade com preservação ambiental. Levamos o grupo para conhecer uma das nossas áreas de preservação, com um rio de águas cristalinas, justamente para demonstrar que é possível produzir em larga escala, cuidar da natureza, preservar os animais nativos e, ao mesmo tempo, entregar algodão de qualidade que vira roupa para o mundo”, afirmou Ana Paula.

Em seguida, o grupo visitou a Fazenda Santa Isabel, em Luís Eduardo Magalhães, onde foi apresentada a central de monitoramento dos pivôs de irrigação. Com base em dados, como temperatura, umidade relativa do ar e taxa de evaporação, são tomadas decisões mais precisas sobre o momento ideal e o volume necessário para irrigação. A tecnologia e os equipamentos de grande porte permitem otimizar o uso da água, irrigando áreas maiores com o mesmo volume.

Para o diretor executivo da Abapa, Gustavo Prado, o fato de os participantes experimentarem, literalmente, a sustentabilidade das lavouras ao beberem a água usada na irrigação reforça a solidez do processo produtivo: “Isso fortalece a credibilidade do nosso trabalho e reforça, com transparência, a mensagem que queremos levar ao consumidor final. E o melhor: com os representantes certos vendo tudo isso de perto, na prática”, destacou.

Fonte: Catarina Guedes 

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