As exportações oficiais de milho norte-americano despencaram. Onde está a demanda?
Que os preços (e os prêmios) de exportação do milho irão subir a médio prazo, “não há a menor dúvida”, afirma o analista sênior da Consultoria TF Agroeconômica, Luiz Carlos Pacheco. De acordo com o especialista, o principal fundamento que sustenta essa projeção é a falta milho no mercado internacional.
“A Argentina e os EUA produzirão menos e os fretes da Ucrânia estão subindo. Portanto, apenas sobra o Brasil. Mas, estamos enrolados na burocracia. Nessa semana o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) mandou para China os terminais para aprovação. Será que dessa vez sai?”, questiona o comandante da Consultoria TF Agroeconômica.
Segundo Luiz Carlos Pacheco, após o acordo haver sido revisado e assinado no último dia 24 de maio de 2022, o problema agora é que as tradings ainda estão envolvidas em burocracias. “Tem muito milho ainda no Brasil. O Paraná vendeu menos de 40% do milho safrinha, o Mato Grosso do Sul menos de 50%, Goiás na casa dos 40%. O Mato Grosso está mais adiantado com pouco mais de 70%. Os compradores no mercado interno estão bem cobertos e a margem do etanol está ruim”, conclui o analista de mercado.
E OS ESTADOS UNIDOS?
As exportações oficiais de milho norte-americano totalizaram 129,8 mbu (3,29 milhões de toneladas) embarcados em agosto de 2022. Isso foi 28% inferior à exportação de julho e foi 4% menor que agosto de 2021. A safra 21/22 terminou com um acumulado de 2.471 bbu (62,27 MT) de exportação – em comparação com a previsão WASDE de 2.475 bbu (62,86 MT).
Por: AGROLINK – Leonardo Gottems