O plantio em nível é uma prática altamente benéfica para a agricultura sustentável, oferecendo vantagens tanto econômicas quanto ambientais, especialmente em regiões de relevo acidentado e em áreas propensas à erosão. Também conhecido como cultivo em nível ou plantio em terraceamento, é uma operação que visa o manejo adequado da lavoura para otimizar a distribuição da água, reduzindo o desgaste excessivo do solo.
Acompanhando as curvas de nível, na prática, cada linha do plantio funciona como um empecilho que diminui a velocidade da enxurrada, caso ela se forme sobre a superfície do terreno. Com a redução na agilidade do escoamento, há mais tempo para a água se infiltrar na terra, conservando a cobertura natural do solo. Essa metodologia de cultivo, que é uma técnica milenar, quando bem executada, garante também que o solo consiga reter os nutrientes necessários para expressar o máximo potencial produtivo da semente. Dessa forma, possibilita a manutenção de suas propriedades físicas, químicas e de fertilidade, propiciando ainda uma boa produtividade.
Entre as tecnologias disponíveis no mercado para tornar esse manejo ainda mais eficiente, destaca-se o FS Nível. O equipamento, desenvolvido pela gaúcha FertiSystem, garante uma semeadura eficiente, sem riscos de erosão, lixiviação de sementes e perda de componentes nutricionais do solo. “A nossa tecnologia auxilia no plantio em nível, terraceamento e subsolagem, e é compatível com todos os tratores agrícolas no mercado, garantindo baixo consumo de energia e alta resistência à água e poeira”, destaca, Dauto Pivetta Carpes, engenheiro agrônomo e especialista de marketing e mercado da FertiSystem.
Na prática, o equipamento funciona de forma muito simples. O sistema possui alertas visuais que indicam quando a operação de plantio está em desnível. Conforme o trator se movimenta, ele capta essa angulação e indica qual o sentido que o operador deve apontar o bico do trator, se é para iniciar um aclive ou declive. “O sistema sempre vai sugerir para que o plantio fique em 0 graus”, reforça o engenheiro agrônomo.
A instalação do equipamento é extremamente simples. Com apenas um cabo que liga o monitor à bateria, o sistema já irá funcionar. Além disso, ele é fixado no painel frontal da cabine do trator, proporcionando a fácil visualização do condutor. “É uma tecnologia muito eficiente e pode ser usada para o plantio de qualquer cultura e em qualquer região”, cita.
Benefícios econômicos
Além dos benefícios ambientais já citados, as tecnologias da FertiSystem oferecem ainda ganhos econômicos à classe produtora, principalmente no que diz respeito ao desempenho da máquina. A semeadora, dependendo do mecanismo que ela tiver de distribuição de sementes, pode sofrer uma influência bem forte sobre a questão da inclinação no campo. Nesse ponto entram os dosadores de fertilizante.
Por exemplo, um equipamento convencional, sem transbordo, principalmente quando a máquina está em aclive, terá uma influência maior na dosagem, porque o transbordo tem a função de manter o corpo do dosador cheio. No convencional, não há esse transbordo; desta forma, o corpo do dosador está praticamente vazio ao descer, uma vez que ambos os componentes sofrem ação direta da gravidade. “Já ao subir, a parte do bocal de descarga do dosador fica para baixo, então, esse movimento favorece o esvaziamento do corpo e, com isso, gera aquele efeito de distribuição irregular dentro do sulco do fertilizante”, exemplifica o especialista.
Com o FS Nível, o produtor terá ainda melhoria na eficiência de tração da máquina, uma vez que irá operar de forma mais estável no campo, com melhor atuação. “Além disso, há ainda ganhos diretos em relação à economia no consumo de combustível, pois, com maior estabilidade, o motor do equipamento fará menos força durante o manejo”, detalha Carpes.
Outra tecnologia que pode ajudar os produtores a obterem mais eficiência no campo é o TXF MB da FertiSystem, que se destaca principalmente por ser um sistema de acionamento elétrico para Taxa Fixa, controlado por smartphone ou tablet. A solução aciona dosadores de fertilizantes ou sementes por meio de um motor elétrico robusto, podendo ser utilizado em adubadoras, semeadoras, cultivadores ou sulcadores.
Essa integração proporciona um controle preciso das linhas de adubação, simplificando a calibração e os ajustes de dosagem. Como resultado, a operação torna-se mais ágil e eficiente, permitindo ajustes em tempo real, sem a necessidade de interromper a máquina, impulsionando significativamente a velocidade e a precisão do processo. “Alinhando o manejo correto às melhores tecnologias e práticas agrícolas, o produtor terá maior eficiência, economia de insumos e ainda estará contribuindo com a preservação do meio ambiente”, finaliza o engenheiro agrônomo.
Fonte: Kassiana Bonissoni