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Plantio de soja: quando é hora de contratar o seguro agrícola?

Para muitos produtores, a safra 21/22 está acabando agora, com a colheita da 2ª safra, seja ela de milho, trigo, feijão, ou outras culturas a depender da região. É hora de fechar e pagar as contas para começar tudo outra vez. E o planejamento é o primeiro passo para uma safra de sucesso. Mas quais pontos são importantes nesta fase de preparação para próxima safra? Dentro deste planejamento, qual a melhor hora para contratar o seguro agrícola? Continue sua leitura e entenda alguns destes pontos 

Em muitas regiões do país, a safra 22/23 inicia seu plantio no mês de outubro, quando as chuvas chegarem. Mas antes de colocar a semente no chão, muita coisa precisa estar resolvida. A safra começa muito antes do plantio. Antes do findar de uma safra, o produtor, os técnicos e os profissionais da área já estão falando da próxima. Cada vez mais cedo são feitas as negociações da safra seguinte, tanto de insumos, quanto de alíquotas de seguro, por exemplo. E é preciso estar atento para aproveitar a entressafra e colocar a “casa” em ordem para o novo ano agrícola que começa.

Planejamento para próxima safra 

E é pensando neste planejamento e organização nas vésperas do início do plantio, que trouxemos 5 pontos extremamente importantes que merecem atenção do produtor que busca eficiência no processo produtivo e rentabilidade:

1 – Análise de solo 

Atividade básica para o produtor que deseja ser mais eficiente na nutrição de suas plantas, a análise de solo é um ponto importantíssimo para ser feita assim que as plantas da safra anterior forem retiradas do campo. Com uma coleta bem feita, a amostra representará bem a área e o produtor, juntamente com o técnico responsável, poderá tomar decisões mais assertivas sobre o tipo e a quantidade de corretivos e adubos a serem utilizados na área. Em tempos de agricultura de precisão, o produtor que não faz nem a análise de solo básica, muito provavelmente está perdendo dinheiro.

2 – Compras de insumos 

Como comentamos anteriormente, a negociação e compra dos insumos está sendo realizada cada vez mais cedo. Com esta antecipação, os produtores garantem maior segurança sobre a disponibilidade do insumo e também sobre o preço. Com a instabilidade que temos vivenciado no mercado agrícola, o produtor quer antecipar e se resguardar ao máximo que puder de possíveis novas altas nos custos de produção.

3 – Manutenção das máquinas 

A entressafra também é hora de fazer a manutenção no maquinário: revisão, reparos, troca de peças, manutenção periódica. É hora de garantir que os motores estarão a pleno vapor quando iniciar a nova safra. E para isso, um olhar minucioso em cada um dos maquinários é extremamente importante, principalmente aqueles que serão utilizados logo no início da safra.

4 – Treinamento e capacitação dos colaboradores 

Este período é também tempo de renovação de conhecimentos, capacitação profissional e intensificação dos estudos dos colaboradores. Neste período que a correria é menor, é hora de “afiar o machado”. O mercado vive em constante atualização, e a equipe que não buscar também esta atualização teórica (para uni-la com a prática), ficará obsoleta, em muitos aspectos, já na próxima safra. Assim é para o agricultor, que deve participar de eventos, palestras, cursos, rodas de conversas; é para o operador de máquinas, que precisa buscar capacitação para manusear as novas tecnologias que chegam a cada safra; é também para o profissional técnico que irá atender esta fazenda. O produtor busca pessoas que agreguem valor e somem ao negócio dele. É preciso buscar capacitação para sempre atender esta demanda.

5 – Contratação do seguro agrícola 

E um ponto que tem ganhado grande atenção nos últimos anos com o aumento dos valores investidos no campo, é a contratação do seguro agrícola. Neste momento, muitos produtores já estão contratando os seguros agrícolas para a safra 22/23. Já entendendo a importância de garantir a segurança de uma nova safra (que terá, mais uma vez, milhões de reais investidos a céu aberto), o produtor já busca o seguro agrícola mesmo antes de colocar a semente no chão. Afinal, o risco sempre existe.

E destes 5 pontos importantes do planejamento, talvez este último seja o que mais gere dúvida nos agricultores. E é por isso que vamos explicar um pouco mais do passo a passo para você que deseja contratar o seguro agrícola para próxima safra. Foi justamente sobre isso que nós conversamos com o Coordenador Comercial responsável pela filial da It’sSeg em Maringá-PR, Alysson Bruneri.

Segundo Alysson, esta contratação do seguro agrícola com antecedência acontece porque “o produtor negocia os insumos muito antes do plantio, e a depender da revenda ou da cooperativa onde ele faz os seus negócios, inclusive de troca, o seguro agrícola já vai incluso no pacote do barter”, gerando uma garantia de segurança tanto para produtor quanto para revenda, que deseja e precisa que o produtor produza bem.

Caso haja uma quebra na safra e o produtor tenha seguro agrícola contratado naquela safra, a revenda tem a garantia que receberá o pagamento, porque o produtor terá o dinheiro do seguro acionado, e a apólice do seguro, nestes casos dos pacotes de barter, já pode ir com cláusula beneficiária para a revenda. É um sistema de garantia para ambas as partes. O produtor não fica com o “nome sujo” (em casa de quebra na safra e falta de dinheiro para pagar as contas) e a revenda/cooperativa recebe a conta mesmo no caso de quebra na produtividade.

Mas existe um outro motivo para antecipação, que pesa muito mais do que o fato da negociação estar sendo feita bem antes do plantio. Segundo Alysson Bruneri, a subvenção federal é o que mais chama atenção para o produtor contratar o seguro com antecedência. “O governo libera um valor, dentro do Plano Safra, para custear uma porcentagem do valor das apólices de seguro agrícola. Mas este valor é limitado. Geralmente, a subvenção não atende 100% das contratações de seguro. Então, os primeiros a contratar o seguro conseguem o valor da subvenção federal para pagar parte da apólice. Quando a subvenção acaba, o produtor tem que pagar o valor integral do seguro sozinho”, explica o Coordenador Comercial da It’sSeg.

Vantagens da contratação do seguro agrícola  

Independentemente de ser contratado com subvenção ou sem subvenção, o seguro agrícola apresenta diversas vantagens para o produtor que o contrata. E Alysson Bruneri reitera algumas delas. “Uma das grandes vantagens é que se o produtor tiver uma frustração de safra, ele não vai ficar com dívida. O seguro vai cobrir a despesa que ele teve em relação ao custo do plantio daquela safra. Então, ele consegue pagar todas as dívidas dele, ele não fica com o nome sujo e consegue ter crédito junto aos bancos, cooperativas e revendas, por exemplo”, explica. Algumas modalidades cobrem o valor financiado, caso o produtor tenha acessado financiamento para aquela safra; outra modalidade leva em conta a produtividade mínima. Cada uma delas apresentando suas respectivas vantagens.

Quero contratar o seguro para esta safra! E agora? 

Se você quiser conseguir a subvenção federal, corra e não perca tempo! Pois o recurso é limitado e quando atinge o limite de valores a serem gastos com seguro agrícola ou rural, os produtores que contratarem o seguro posteriormente, terão com arcar com 100% do valor da alíquota.

Independentemente de conseguir ou não a subvenção, o produtor que deseja contratar o seguro agrícola pela primeira vez nesta safra, deve procurar a corretora de seguros e passar as informações básicas. Que, segundo Alysson Bruneri, são: “a área em hectares, a data do plantio, o tipo de cultivar que o produtor vai plantar, e a cidade e o estado em que ele está plantando. Basicamente, com base nestas informações, a corretora consegue fazer as simulações de cálculo de seguro. O segundo passo é um pouco mais trabalhoso. É o momento de anexar o croqui da área e vários outros documentos que precisam ser anexados na proposta. Mas a contratação, no geral, é bem simples”, comenta.

E Alysson ainda destaca um ponto importante: o zoneamento agrícola. O produtor só consegue contratar o seguro agrícola se a cultura tiver sido plantada dentro do calendário de zoneamento agrícola, também emitido pelo governo para sua região. Porque, de acordo com os históricos da área, fora deste calendário de zoneamento, há histórica e prevista chance de o clima ser desfavorável para a cultura e causar possíveis prejuízos.

No caso da ocorrência de sinistro, como o produtor assegurado deve proceder? 

Neste caso, Alysson dá um exemplo prático de como funciona o processo para cobertura do seguro. “Imagine que houve uma seca em uma região e o produtor teve perdas significativas. Então, o produtor deve fazer o aviso de sinistro. Ele tem que aguardar o perito ir até a área dele. O perito vai até a área, faz o levantamento, verifica se realmente houve perda de produtividade significativa e emite um laudo. Então, passa para outra parte de documentação para depois a seguradora pagar o produtor dentro de, em média, 30 a 60 dias”.

Entendeu por que o seguro é bom que o seguro seja contratado com antecedência? Viu como ele é um ponto extremamente importante do processo de planejamento para próxima safra? Não caia no erro de fazer todos os outros passos com maestria e falhar por confiar na imprevisibilidade da nossa indústria a céu aberto. Conheça mais sobre seguro agrícola.

Basta procurar a corretora de seguros e encontrar a modalidade que melhor se encaixa à realidade da sua produção agrícola. A contratação do seguro agrícola vem então como mais uma ferramenta para a segurança e garantia de sustentabilidade econômica do negócio diante de tanta imprevisibilidade climática e também do mercado agrícola.

Fonte: Agromulher

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