Plano não traz novidades em recursos e não atendeu ao pedido dos produtores rurais para taxas de juros menores que pudessem ajudar na redução do custo de produção brasileiro e na diminuição do preço dos alimentos.
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) expressou sua insatisfação em relação ao Plano Safra 2024/2025. O documento foi divulgado na quarta-feira (3), no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
O Plano Safra 2024/2025 lançado contará com R$ 476,5 bilhões, sendo R$ 400,59 bilhões para a cadeia produtiva empresarial e R$ 76 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Associações e produtores esperavam um número entre R$ 500 e R$ 570 bilhões.
“O volume de recursos disponibilizados ficou aquém das expectativas, causando preocupação no setor. Além disso, o valor definido foi menor do que o esperado, o que representa um obstáculo para o desenvolvimento e crescimento da atividade pecuária”, explicou o diretor de Relações Internacionais da ABCZ, Romildo Antônio da Costa Machadinho.
No entanto, apesar de o Plano Safra favorecer a agricultura familiar, o aspecto mais preocupante é que manteve as taxas de juros do ano passado. Outro ponto que não agradou os pecuaristas foi a redução da taxa Selic que baixou para 3,25% a ausência de manutenção da taxa de juros. Isso significa que as necessidades específicas do setor não foram atendidas, uma vez que as taxas de juros elevadas podem dificultar o acesso ao crédito e o investimento em melhorias no segmento.
A ABCZ solidarizou-se com a nota divulgada pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que alerta sobre o aumento do risco de endividamento do setor agropecuário.
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu destaca a importância de políticas que incentivem e apoiem a atividade pecuária, considerando suas particularidades e contribuição para a economia do país.
Fonte: ABCZ