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Pioneira, empresa do interior de São Paulo é exemplo mundial de economia circular no agro

Nos últimos anos, alguns conceitos básicos relacionados à sustentabilidade e ao meio ambiente se tornaram bastante populares, dentre eles, a economia circular. Mas, na prática, reduzir desperdícios, emissões, resíduos e manter dentro da economia materiais utilizados por meio da reciclagem ainda se configura como desafio. Um dos exemplos nacionais dessa prática, que ultrapassaram barreiras e se tornaram bem-sucedidos, vem da cidade de Taubaté, no interior de São Paulo. A Campo Limpo Plásticos se tornou um caso emblemático ao promover a economia circular integralmente em seus processos.

A empresa atua como um centro de desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para reciclagem e produz embalagens plásticas para envase de defensivos agrícolas a partir da resina reciclada pós consumo agrícola. “Todo o nosso processo é proprietário, conta com certificação UN das Nações Unidas (ONU) para transporte terrestre e marítimo de produtos perigosos e recebeu uma patente verde pelo INPI. Somos pioneiros não somente no Brasil, mas em todo o mundo”, afirma o presidente da Campo Limpo, Marcelo Okamura.

Segundo Okamura, o ciclo da economia circular do segmento de defensivos tem início e se encerra dentro da própria indústria, um exemplo dentro do conceito “do berço ao berço”. “O começo do processo acontece quando o agricultor devolve as embalagens vazias de defensivos agrícolas pós consumo ao Sistema Campo Limpo. A partir daí, elas são recicladas sob os mais altos padrões de controle e tecnologia e podem voltar para o mercado como embalagens novas, para novamente serem abastecidas”, comenta Okamura.

Reciclar os produtos permite retardar o uso dos recursos naturais, reduzir a perturbação das paisagens e dos habitats, além de ajudar a limitar a perda de biodiversidade, é o que afirma o diretor de Operações da Campo Limpo, Rogério Fernandes. “Outro benefício do nosso processo é a redução da emissão de gases do efeito estufa. Produtos mais ecoeficientes, planejados dessa forma desde o início, ajudam a reduzir o consumo de energia e de recursos”.

Os conceitos de sustentabilidade são vistos também nos processos de fabricação da empresa. “A fábrica de Taubaté (SP) segue conceitos de ecoeficiência e foi projetada com uma estação de tratamento de água, reaproveitamento da água da chuva e uso racional da luz solar”, explica Fernandes.

Idealizada pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) e fundada há 16 anos, a Campo Limpo Plásticos contribui para a autossuficiência econômica do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas. 

Por que a economia circular é tão importante?

Nos processos fabris e industriais convencionais, além da grande quantidade de resíduos gerados, há o esgotamento de matérias-primas. De acordo com o relatório da organização Ellen MacArthur Foundation, que estuda e estimula a adoção da economia circular, cerca de 82 bilhões de toneladas de matéria-prima são inseridas no sistema produtivo mundial a cada ano.

“Os resíduos que não recebem novos usos se acumulam exponencialmente, gerando mais lixo e a exploração sucessiva de novos recursos naturais”, comenta Fernandes.

Entre os países da América Latina, o Brasil é o campeão de geração de lixo, produzindo cerca de 540 mil toneladas por dia, segundo dados da Organização das Nações Unidas.

Campo Limpo Plásticos

Fundada em 2008, Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S.A. atua como um centro de desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para reciclagem e produz embalagens plásticas para envase de defensivos agrícolas a partir da resina reciclada pós-consumo agrícola. Esse processo é proprietário, conta com certificação UN para transporte terrestre e marítimo de produtos perigosos e recebeu uma patente verde pelo INPI.

O trabalho é executado a partir da reciclagem das embalagens vazias devolvidas pelos agricultores após tríplice lavagem ao Sistema Campo Limpo. Assim, encerra-se o ciclo da economia circular dessas embalagens dentro do próprio setor.

Idealizada pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), a Campo Limpo é responsável pela gestão do programa de logística reversa, Sistema Campo Limpo, representando as indústrias fabricantes de defensivos agrícolas na destinação das embalagens utilizadas nas culturas de todo o país.

Fonte: Gustavo Sousa

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