Por meio da relação de parceria com 25 produtores de batata em seis regiões do país, a PepsiCo tem contribuído para o desenvolvimento da cadeia produtiva de batata para chips no Brasil fomentando boas práticas no campo – como a redução do uso de água em toda a cadeia produtiva e no beneficiamento da batata; novas tecnologias de monitoramento, colheita e armazenamento; e práticas regenerativas para o meio ambiente, como o aperfeiçoamento do uso de plantas de cobertura e da promoção do uso de insumos biológicos no campo.
O Brasil desponta como líder mundial na produção e utilização de bioinsumos, segundo dados da Agência Gov, e a PepsiCo segue essa tendência. Atualmente, cerca de 90%* dos produtores de batata para chips que fornecem para a PepsiCo já usam em sua produção. Dentre as vantagens, estão a possibilidade de redução do uso de fertilizantes e defensivos agrícolas e, consequentemente, uma significativa redução no custo de produção. “Os bioinsumos são considerados uma evolução na agricultura, tendo em vista que são organismos vivos e podem trazer um efeito residual benéfico de longo prazo para o solo.”, explica Natália Oliveira, gerente de agronegócio da PepsiCo Brasil.
Um dos produtores parceiros da companhia – Verni Wehrmann – opera com uma biofábrica on farm em Cristalina/GO, onde mantém uma estrutura de produção de insumos biológicos na própria fazenda, a partir da multiplicação de componentes como microorganismos e fungos, que agem de maneira ainda mais eficaz no controle de pragas, doenças ao oferecer menor resistência. Este modelo está em crescimento no Brasil pelo fato de poder reduzir drasticamente os custos.
“Quando pensamos no uso de práticas regenerativas, tudo isso interfere no nosso produto final que o consumidor vai encontrar no supermercado. É uma batata de alta qualidade cultivada no centro do Brasil, no Cerrado, e não podemos descuidar de nada. Hoje estamos na maior área irrigada da América Latina, onde temos uma ponte verde durante o ano todo. O que é um grande ponto positivo também pode ser uma condição de atração de pragas e doenças. Por isso, temos que atuar buscando continuamente as melhores práticas e a PepsiCo tem sido uma grande parceira nesse trabalho de desenvolvimento da agricultura regenerativa na cultura da batata no nosso país tropical – o que é um enorme desafio!”, afirmou Rodrigo Ribeiro, gerente geral da Agrícola Wehrmann.
Entre os produtores parceiros da PepsiCo e na Agrícola Wehrmann, é possível encontrar uma série de práticas regenerativas e sociais, que são determinantes para a alta qualidade da matéria-prima das batatas da PepsiCo. Estas práticas vão desde o cuidado com as pessoas – e programas de desenvolvimento dos profissionais, como programas de educação das comunidades próximas à fazenda; além do uso de tecnologias de agricultura de precisão visando à gestão eficiente de insumos agrícolas e da água; práticas de reflorestamento e de manutenção de áreas de reserva florestal, cuidados com o solo e com a biodiversidade. Todas estas iniciativas contribuem para que o próprio produtor tenha mais qualidade de solo ao mesmo tempo em que influenciam para a manutenção de melhores condições climáticas, tão importantes para todo o planeta. Todo este desenvolvimento também vem contribuindo para maior rentabilidade da produção. Nos últimos vinte anos, a produtividade por hectare de batata dobrou entre os parceiros da PepsiCo.
Para o Sr. Verni Wehrmann, que já está na terceira geração da família na produção de batata com a chegada do filho ao negócio, as boas práticas agrícolas e a relação de comprometimento com os melhores resultados para ambos os lados é o que mantém uma parceria sustentável com a PepsiCo. “Toda safra é uma surpresa, e nos traz novidades e ensinamentos. O planejamento é essencial, mas é importante que haja a capacidade de ambas as partes (produtor e empresa) de resolver problemas que ocorrem naturalmente ao longo delas. Essa disposição de buscar soluções é o que tem sido o fator de união entre as duas empresas, de compreensão, de colaboração e de interesse em fazer com que a outra parte fique satisfeita com o negócio.” O agricultor também defende a necessidade de trabalhar com a agricultura regenerativa para que as futuras gerações possam continuar obtendo bons resultados no campo. “A agricultura tem que ser regenerativa, justamente para permitir que a produtividade dos nossos solos possa se manter no mesmo nível, no futuro, como é hoje. Não só ela, mas a saudabilidade, tanto do solo quanto dos produtos que nós tiramos dele. Isso é particularmente importante no cultivo de produtos como a batata, por exemplo, que é consumida in natura, ou ainda, no caso da PepsiCo, transformadas em chips, como LAY’S Clássica, que levam somente batata, óleo e sal; então a qualidade da matéria-prima é essencial”, comentou.
Plantas de cobertura podem garantir mais saúde para o solo
Outra ação importante e que vem sendo estudada desde 2021 pela PepsiCo, em conjunto com o Instituto Federal Goiano e a Syngenta, é sobre os benefícios da utilização de plantas de cobertura em áreas de cultivo da batata. A pesquisa, com previsão de ser finalizada este ano, também busca comparar a eficiência de espécies vegetais para proteger e melhorar a saúde do solo. O projeto começou na Agrícola Wehrmann, em Goiás, e hoje conta com seis produtores de batata parceiros da PepsiCo, somando uma área de mais de 1.700 hectares com plantas de cobertura(dados de dezembro de 2024). A finalidade é desenvolver e testar práticas a serem compartilhadas com outros produtores de batata parceiros da PepsiCo no país.
“Para a PepsiCo, buscar os melhores ingredientes passa pela valorização dos produtores e produtoras rurais e pela adoção de diversas práticas regenerativas. Começamos o projeto de plantas de cobertura com pouco mais de 200 hectares e, a partir deste experimento de Cristalina e seus resultados preliminares, foi possível incentivar outros produtores de batata para que expandissem suas áreas com plantas de cobertura. Assim, conseguimos ampliar a área da pesquisa nos últimos dois anos para cerca de 2.400 campos de futebol sendo monitorada”, afirma Felipe Carvalho, diretor de agronegócio da PepsiCo Brasil. O professor do Instituto Federal Goiano, Nadson de Carvalho Pontes, engenheiro agrônomo e doutor em fitopatologia, afirma que o estudo também pode estabelecer protocolos que podem balizar a verificação das condições do solo em áreas de cultivo de batata. “Com base em avaliações de parâmetros de saúde do solo e do impacto de práticas de agricultura regenerativa, espera-se estabelecer protocolos de avaliações e de ações que permitam identificar as condições biológicas do solo de áreas de produção de batata, podendo proteger áreas problemáticas, de modo a reduzir a incidência de doenças e aumentar o potencial produtivo”, descreveu.
Para o gerente geral da Agrícola Wehrmann, Rodrigo Ribeiro, as plantas de cobertura são um investimento que vale a pena: “na cultura das plantas de cobertura, quando a gente começou, jamais imaginou que tomaria essa proporção e a repercussão positiva que trouxe pra nós, no nosso sistema produtivo. Hoje, a gente tem sempre uma área descansando por um determinado tempo e todas as culturas comerciais que vêm depois disso, acabam vindo com maior valor agregado. Porque a qualidade é maior, a produtividade também. Então a PepsiCo nos mostrou esse caminho, de ter maior rentabilidade sendo sustentável.”
Como uma empresa agroindustrial, que compra cerca de 450 mil toneladas de matérias-primas agrícolas ao ano no Brasil, a PepsiCo também é um dos maiores compradores de batata para chips do mercado, assim, busca abraçar seu papel socioambiental para fomentar e monitorar boas práticas e pesquisas em agricultura regenerativa. “Acompanhamos esse estudo de plantas de cobertura na cultura da batata por meio de reuniões periódicas, visitas ao campo para coletar informações e materiais e, após os primeiros resultados, pudemos trazer para os produtores da nossa cadeia de abastecimento os benefícios observados, como uma estimativa de aumento da produtividade de 8** a 22%. Também temos uma projeção de redução de doenças no solo da ordem de 10% a 33%**. Ao final do projeto, teremos a confirmação dos dados”, complementa Felipe Carvalho.
Fonte: Leticia Feix